O consumo de telefonia móvel é crescente. Até o final de 2022, o Brasil deve ultrapassar o marco de 267 milhões de acessos, conforme estimativa da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Prático e multifuncional, o telefone celular tornou-se indispensável ao dia a dia da maioria das pessoas. Conectado à internet, ele é o principal meio de acesso aos canais digitais de informação, compras, serviços, trabalho remoto, ensino à distância, mídias sociais, aplicativos, entre outras plataformas online.
Sem sombra de dúvida, a telefonia móvel facilita a vida em várias situações. Contudo, ao longo da jornada de uso, existem algumas “armadilhas” que podem causar muito transtorno aos usuários e perdas financeiras a empresas do setor. Uma delas é o golpe SIM swap.
Neste artigo, vamos explicar como acontece o golpe SIM swap, o que fazer quando acontece e quais medidas ajudam a proteger os dados contra esse tipo de fraude. Confira!
Entenda o que é SIM swap
O SIM card, como se sabe, é o chip do celular. O dispositivo contém a tecnologia necessária para estabelecer a conexão entre o aparelho e os serviços disponibilizados pela operadora escolhida pelo usuário. Na habilitação do SIM, a operadora registra a titularidade do número de telefone associado ao chip. Caso haja necessidade, o usuário pode solicitar a portabilidade do número para outro chip. É um procedimento simples, realizado na loja da operadora. Em geral, o cliente só precisa apresentar a documentação solicitada para comprovar a titularidade da linha.
O problema é que, em várias ocasiões, quem se apresenta é uma pessoa que roubou a identidade de outra para aplicar o golpe SIM swap. Com os dados da vítima, a pessoa fraudadora solicita a transferência do número para um chip novo. Se a habilitação for bem sucedida, o golpista age rápido para assumir a identidade da vítima em vários aplicativos e, a partir daí, seguir realizando operações fraudulentas.
O golpe SIM swap possibilita:
Controle de mensagens de SMS e contas de e-mail;
Acesso às contas de WhatsApp, Facebook e Instagram;
Disparo de links falsos aos contatos da vítima (phishing de dados);
Controle do painel de usuário em vários aplicativos;
Abertura de contas digitais;
Compra online de produtos e serviços;
Movimentações financeiras (empréstimo, por exemplo);
Autenticação de conta bancária da vítima;
Criação de perfis falsos em sites de relacionamento .
Enquanto a pessoa titular da linha não descobrir que o chip parou de funcionar não por problemas técnicos – mas em consequência do golpe SIM swap – inúmeras fraudes podem ser realizadas com “sucesso”.
Como saber que foi vítima do golpe SIM swap?
Os principais sinais de alerta são:
Telefone silencioso
O “silêncio” do celular pode indicar que há algo errado com o chip. O usuário para de receber ligações e mensagens e, ao mesmo tempo, não consegue fazer contato telefônico com familiares e amigos.
Chip sem internet
A comunicação de dados também é interrompida, impossibilitando o uso da internet, acesso ao correio eletrônico e aplicativo do banco, por exemplo.
Falta de conexão com mídias sociais
A navegação em mídias sociais é cessada repentinamente, bem como o recebimento de notificações. As tentativas de recuperar senhas e/ou reinstalar os apps não funcionam.
Familiares e amigos questionam sobre a falta de contato ou mensagens incomuns
Algumas pessoas do convívio perguntam o porquê da falta de comunicação e/ou querem saber se o problema financeiro, mencionado em mensagens, já foi resolvido.
O que fazer ao perceber um possível golpe SIM swap?
O primeiro passo, obviamente, é ir à loja da operadora, com a documentação de identidade para entender o que aconteceu. Se a suspeita de golpe SIM swap for comprovada, ou seja, a operadora informa que houve os dados foram transferidos para outro chip, o usuário precisa:
Solicitar o bloqueio imediato do número;
Fazer o boletim de ocorrência;
Comunicar bancos e administradoras de cartões;
Buscar orientação junto a órgãos de defesa do consumidor;
Avisar a rede de contatos sobre o roubo da identidade e o golpe do SIM swap;
Pedir o estorno de transações realizadas pelo golpista;
Entre outras medidas cautelares.
Como se proteger contra o golpe do SIM swap?
Cuidado com a sua identidade digital
Em caso de perda, furto ou roubo do celular e/ou documentos pessoais, registre o boletim de ocorrência; solicite à operadora o bloqueio da linha e alerte a sua rede de contatos sobre o ocorrido (para evitar que as pessoas respondam mensagens ou acessem links maliciosos).
Evite a verificação em duas etapas, através do envio de SMS
No golpe do SIM swap, as mensagens e códigos serão enviados ao celular de quem fraudou a sua identidade. Para o proteger o WhatsApp, é possível usar um código PIN para a verificação em duas etapas.
Ative os códigos PIN e PUK do chip
De modo geral, muita gente não ativa esses códigos. Contudo, eles ajudam a proteger os dados do SIM. O PIN serve para o chip quando o dispositivo for instalado em outro aparelho. O código PUK tem a mesma função, porém, só deve ser usado quando o PIN for bloqueado após 10 erros de digitação. O mesmo acontece com o PUK.
Dê preferência a autenticação biométrica, sempre que possível
A biometria facial é única de cada pessoa, portanto, a tentativa de validar e autenticar a identidade para aplicar o golpe SIM swap, pode ser bloqueada quando a confirmação da titularidade do chip está condicionada à autenticação biométrica. Da mesma forma, com a biometria facial no cadastro bancário, financeiro, aplicativos de compras e serviços, é possível evitar várias transações fraudulentas, decorrentes do golpe SIM swap.
Biometria facial: tecnologia ajuda a proteger as empresas do golpe SIM swap
Estas são algumas recomendações aos usuários da telefonia móvel, contudo, as empresas de Telecom também podem prevenir e combater o golpe SIM swap, utilizando a tecnologia de biometria facial para validar a identidade e autenticar transações como a troca de chip, entre outras.
A solução tecnológica focada em biometria facial tem duas aplicações eficazes à prevenção do golpe SIM:
1. Validação da identidade no cadastro
Com a ferramenta de biometria facial, é possível criar cadastros completos e consistentes. Neste procedimento, a selfie e o CPF passam pela análise automatizada do sistema biométrico, sendo que a biometria facial é realizada com interação, ou seja, em tempo real, como prova de vida. A selfie do usuário é comparada a banco de faces integrado. Após o processamento da biometria facial e checagem de dados cadastrais, a ferramenta gera o score de autenticação, aplicado à validação da identidade do cliente. O índice de assertividade desse procedimento é superior a 99%. Havendo alguma divergência, o processo é executado pela mesa de análise.
2. Autenticação da identidade na troca de chip
Após a validação da identidade, no cadastro, as transações podem ficar condicionadas à autenticação biométrica facial. Dessa forma, as operações tornam-se mais ágeis e seguras. Neste caso, a selfie do cliente é comparada a sua própria biometria facial, processada no momento do cadastro. A ferramenta gera o token biométrico quando o cliente solicitar a troca de chip ou desejar fazer outra transação no sistema omnicanal da operadora.
Com a biometria facial, o setor telecom otimiza o fluxo de atendimento e proporciona uma jornada tranquila e segura aos clientes. A ferramenta é uma forte aliada dos negócios, contribuindo para reduzir o risco de fraudes de identidade e, consequentemente, proteger a empresa contra o golpe SIM swap e outras operações fraudulentas.
Para obter mais informações sobre as aplicações da tecnologia de biometria facial no setor telecom, acesse o site do Unico Check.