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Fraudes de identidade: o que são, tendências e como proteger seu negócio

  • calendário 24/06/2022
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Em 2020, a pandemia de COVID-19 acelerou o processo de digitalização dos negócios. Desde então,  o volume de transações online e as vendas no comércio eletrônico crescem dia a dia, impulsionados pela transformação digital “forçada” do período, o que fez com que as fraudes de identidade também crescessem na mesma proporção. 

Segundo a pesquisa “Consumo Online no Brasil”, realizada pela agência Endelman para a PayPal Brasil, no ano passado, a cada quatro consumidores brasileiros 1 demonstra interesse em realizar compras na internet e/ou fazer outras transações digitais. O smartphone é o dispositivo utilizado por 91% desses consumidores online e o cartão de crédito é o principal meio de pagamento, ainda segundo o estudo. 

O levantamento, contudo, revelou a preocupação dos consumidores online com a segurança das plataformas digitais. Cerca de 45% dos brasileiros que possuem smartphones demonstram insegurança quanto ao uso de senhas para realizar transações na internet. 

Motivos não faltam. Em época de transformação digital, as fraudes de identidade têm causado muitos prejuízos a empresas e consumidores. O Brasil está no Top 10 dos países onde mais ocorrem ataques cibernéticos, segundo relatório sobre segurança digital, divulgado pela NSFOCUS (2020), empresa especializada em segurança da informação. 

O Levantamento realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostra crescimento de 165% dos golpes de engenharia social, no 1° semestre de 2021, em comparação ao 2° semestre de 2020. Segundo a entidade, o número de casos, relacionados aos bancos, no referido período, aumentou de 76% (2020) para 104% (2021). Contra as fintechs, o volume de golpes subiu de 42% (2020) para 106% (2021). 

Ainda segundo a Febraban, foram identificadas, na web, mais de 3 mil páginas de bancos fraudadas. 

As três principais táticas para aplicar as fraudes foram: 

  1. Golpe do motoboy, enviado para substituir o cartão, justificada pela informação falsa de que o documento foi clonado; 
  2. Falsa central de atendimento ao cliente para induzir o cliente a informar dados pessoais e bancários;
  3. Prática de phishing para capturar dados de clientes. 

Em janeiro de 2021, veio à tona o super vazamento de dados de 223 milhões de brasileiros, situação que manchou a reputação do Brasil, no mercado internacional, e abriu caminho para o aumento das tentativas de fraudes.

O que são fraudes de identidade?

Fraudes de identidade correspondem ao uso de dados de terceiros (CPF, RG, endereço, informações bancárias, cartões de crédito, entre outros) para tirar vantagens financeiras e comerciais, por exemplo. O fraudador obtém os dados de várias maneiras, entre as quais: 

  • Posse de documentos perdidos; 
  • Furto ou roubo de documentos; 
  • Compra de cadastros de pessoas físicas e jurídicas; 
  • Uso de dispositivos para clonar cartões; 
  • Acesso a anotações de documentos e senhas; 
  • Phishing (captura de dados de usuários na web); 
  • QR Code de páginas falsas (sites e/ou lojas virtuais); 
  • Falsas ofertas de vagas de emprego; 
  • Criação de falsas centrais de atendimento ao cliente;
  • Entre outras. 

Em alguns casos, as fraudes de identidade são praticadas por pessoas do âmbito familiar, profissional ou social da vítima, com acesso fácil aos documentos, senhas e cartões de crédito e débito. 

Com a identidade de outra pessoa, o fraudador parte para a ação, ou seja, utiliza os dados para tentar realizar diversas operações, principalmente, as transações financeiras digitais e compras online de produtos e serviços com cartões de crédito ou débito. 

Ao acessar plataformas que não possuem sistema antifraude, com autenticação de usuários através da biometria facial, por exemplo, o fraudador consegue atingir seu objetivo, causando prejuízos financeiros à empresa e ao titular dos documentos.

Como proteger seu negócio contra as fraudes de identidade?

Em primeiro lugar, é preciso identificar quais são os pontos fracos dos processos de autenticação e validação de identidade do usuário, nos diversos fluxos da empresa – do cadastro aos processos recorrentes. 

A empresa possui sistema antifraude? Em caso afirmativo, é necessário avaliar se a solução tecnológica implementada oferece o nível de segurança digital desejado ou apresenta brechas que facilitam a ação de fraudadores e talvez seja necessário uma segunda camada de segurança com mais de uma tecnologia

Caso ainda não disponha de uma solução antifraude é imprescindível implantá-la para prevenir as perdas financeiras geradas pelos golpes aplicados por fraudadores de identidade. 

Afinal, o consumo online continua crescendo e as tentativas de fraude de identidade também: 

Tecnologias e soluções que ajudam a blindar sua empresa contra fraudes de identidade

Biometria facial

A biometria facial é uma tecnologia que possibilita o mapeamento dos pontos biométricos do rosto para gerar a impressão digital da face. A biometria facial do usuário fica armazenada no banco de dados da empresa que realizou o procedimento e poderá ser utilizada para validar sua identidade e autenticá-la em processos transacionais como, por exemplo, uma compra com pagamento digital. Como a impressão facial é única, ou seja, cada ser humano tem a sua, a biometria facial é uma tecnologia altamente eficaz para prevenir e combater as tentativas de fraudes de identidade. 

OCR e tipificação de documentos

O Reconhecimento Ótico de Caracteres (OCR) serve para extrair dados de documentos de identidade, através de uma foto, como, por exemplo, o RG e a CNH. Já a tipificação de documentos analisa, automaticamente, se os dados apresentados correspondem aos que foram solicitados pela empresa. 

FaceMatch e CPF Match

FaceMatch é uma tecnologia que faz a comparação da selfie com a foto do documento de identidade do usuário. Já o O CPFMatch compara a foto e o CPF do usuário com informações armazenadas em bancos de dados diversos (públicos e privados). As duas soluções podem ser aplicadas no cadastro do cliente.

Mesa de análise

A mesa de análise é formada por profissionais especializados em estratégia de risco. Eles entram em cena quando os métodos utilizados para validar e/ou autenticar a identidade de um cliente geram resultados inconclusivos. Neste caso, a mesa de análise faz um estudo de divergência para conferir maior acerto e, assim, validar a identidade do cliente. Para realizar esta análise, os especialistas fazem a comparação visual da foto e a documentação do cliente com outras fontes de informação para confirmar a identidade, no processo cadastral, ou autenticá-la quando o cliente quiser fazer um processo recorrente. 

Antifraude de identidade: mais investimentos em cibersegurança

Cerca de 83% dos líderes empresariais do Brasil planejam aumentar os investimentos em segurança digital em 2022. O resultado foi apurado na pesquisa PwC Digital Trust Insights 2022, realizada no ano passado. 

De acordo com a Deloitte Global, 56% das empresas, consultadas pela organização, no ano passado afirmaram que investir em segurança digital traz resultados positivos aos negócios. 

Neste levantamento, foram ouvidas 122 companhias que atuam no Brasil. Neste contexto, a implementação de recursos multifatoriais para a autenticação de usuários contribui para a prevenção e redução de crimes virtuais, como por exemplo,  a fraude de identidade. 

Entre as tecnologias utilizadas na gestão de identidade e acesso de usuários, a biometria facial ganhou popularidade no Brasil, nos últimos 12 meses, devido à eficácia no combate às fraudes de identidade. Os negócios e investimentos relacionados a esta tecnologia, devem chegar a US$9,6 bilhões, neste ano, segundo projeções da empresa Allied Market Research

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