• Gestão antifraude

Grafoscopia: o que é e como é usada para prevenir fraudes

  • calendário 09/09/2021
  • relógio 5 min de leitura
grafoscopia

Fraudes afetam significativamente tanto as instituições quanto as pessoas envolvidas. Afinal, existem os riscos de as empresas precisarem arcar com os prejuízos sofridos, além de as vítimas passarem por um amplo processo burocrático para provarem que não foram elas que realizaram alguma compra ou fizeram algum saque, por exemplo. Nesse sentido, existe a necessidade de buscar por alternativas que reduzam esses riscos, como a grafoscopia.

Além disso, devemos levar em consideração que, hoje, a tecnologia também trabalha como uma importante aliada desse processo, uma vez que já existem ferramentas que contribuem para tornar os processos de análise de crédito mais seguros e eficazes, bem como as transações comuns de uma rotina.

Neste material, explicamos detalhadamente sobre a grafoscopia, além de explicar como ela é realizada e como soluções podem trabalhar em conjunto a essa técnica. Continue a leitura e saiba mais!

Quais são os riscos que as fraudes causam para as empresas?

Primeiro, vamos explicar sobre os riscos que as fraudes causam para as empresas. O principal está na credibilidade do negócio. Caso os processos da instituição não sejam estudados para evitar qualquer tipo de gargalo como esse, consequentemente vai haver desconfiança por parte de clientes e potenciais clientes.

Caso uma pessoa passe por uma situação constrangedora parecida, ela pode recorrer às redes sociais e deixar suas percepções em relação à forma como a empresa tratou essa questão. No momento de uma decisão de compra, isso pode afetar nas escolhas de seu público se prosseguirão ou não com a negociação, o que traria prejuízos até mesmo a longo prazo.

As fraudes também podem afetar diferentes pessoas que se relacionam com o seu negócio, como:

  • fornecedores  — se uma fraude trouxe um dano significativo para o seu negócio, há os riscos de haver descumprimento com as obrigações financeiras;
  • clientes  — nesse caso, pode afetar as entregas de produtos que são entregues de forma distinta da ofertada inicialmente. Entenda: em uma negociação, a empresa abordará que os seus processos são seguros. Caso alguém invada os dados de clientes, consequentemente é um descumprimento do que foi acordado inicialmente;
  • instituições financeiras  — fraudes podem afetar a antecipação de recebíveis não realizados, além de demonstrar um gargalo para a análise de crédito do negócio;
  • prestadores de serviço  — descumprimento de cláusulas contratuais.

Como é realizada a análise grafotécnica?

Agora que entendemos sobre os riscos que as fraudes trazem para uma empresa, vamos nos aprofundar sobre a análise grafotécnica e como ela pode evitar essas questões no dia a dia de uma organização. Nada mais é do que o comparativo entre a assinatura padrão e a assinatura questionada pela sua empresa.

Entenda: suponhamos que, ao realizar uma análise de crédito para uma solicitação de empréstimo de uma instituição financeira, houve questionamento por parte de seu negócio em relação à assinatura do solicitante. Nesse momento, a equipe vai realizar uma comparação com a sua assinatura tradicional. Ou seja, a de um documento de identificação com foto, como a RG.

Porém, mesmo nesse comparativo, alguns outros aspectos podem ser considerados para o laudo. O suporte utilizado para realizar a assinatura é um deles. Ela pode ser diferente em uma prancheta ou em uma mesa. Além disso, o instrumento também interfere e é considerado na avaliação.

Aspectos genéricos também são levados em conta. Há alguns aspectos que, mesmo com o passar do tempo, não se alteram — o que é analisado durante a grafoscopia.

Quais são os principais pontos levados em consideração em uma grafoscopia?

Ao longo da vida, o grafismo de uma pessoa evolui. Ou seja, ela vai alterar a forma como escreve de acordo com as interferências externas (aprendizado, idade etc.). Por essa razão, o grafismo é dividido em 4 etapas principais.

Canhestra

Trata-se da fase inicial de uma escrita. Não está relacionada apenas às crianças, como também para pessoas que têm pouca instrução ou são semi-analfabetas    — se souber apenas realizar a assinatura de seu nome, por exemplo.

Escolar

Com o passar do tempo e do aprendizado, a pessoa passa a ter mais segurança em sua escrita, com mais firmeza nas palavras. Trata-se do período denominado como escolar.

Emancipado

Nessa etapa, a pessoa consegue desenvolver a sua escrita com mais velocidade. Também aperfeiçoa o seu grafismo de acordo com a sua criatividade e com as referências que ela tem ao longo do aprendizado.

Senil

Por fim, é comum que, com a idade avançada, haja uma regressão da escrita. É o período que denominamos de senil.

Mas por que estamos falando sobre essas fases em um texto sobre grafoscopia? Simples. Todas as pessoas estão classificadas em algumas dessas fases. Sendo assim, alguém que seja escolar não consegue imitar a letra de uma pessoa emancipada e vice-versa. Conhecer essas etapas contribuirá para analisar as incoerências de uma assinatura e evitar fraudes em diferentes processos de um negócio.

Quais são as leis do grafismo?

Além disso, existem as 4 leis do grafismo propostas por Edmond Solange Pellat, considerado o pai dessa técnica. A seguir, a gente explica sobre elas. Confira!

1ª lei do grafismo

“O gesto gráfico está sob influência imediata do cérebro. Sua forma não é modificada pelo órgão escritor se este funciona normalmente e se encontra suficientemente adaptado à sua função.”

Os gestos da escrita partem do comando do cérebro. Se a pessoa está em excelentes condições, é ele quem vai comandar todas as ações e trazem as características individuais das pessoas. Nesse sentido, é bem difícil que uma pessoa consiga imitar com perfeição a escrita da outra, uma vez que cada uma vai contar com as particularidades no momento de colocar no papel.

2ª lei do grafismo

“Quando se escreve, o ‘eu’ está em ação, mas o sentimento quase inconsciente de que o ‘eu’ age passa por alternativas contínuas de intensidade e de enfraquecimento. Ele está no seu máximo de intensidade onde existe um esforço a fazer, isto é, nos inícios, e no seu mínimo de intensidade onde o movimento escritural é secundado pelo impulso adquirido, isto é, nas extremidades.”

Apesar de haver um comando inicial para a escrita, a continuidade desse processo será natural. Podemos perceber, por exemplo, que a forma como escrevemos determinadas letras é algo implícito do nosso aprendizado, justamente por haver detalhes individuais e naturais.

3ª lei do grafismo

“Não se pode modificar voluntariamente em um dado momento sua escrita natural, senão introduzindo em seu traçado a própria marca do esforço que foi feito para obter a modificação.”

Se houver uma tentativa de fraude, a pessoa perderá esse instinto natural de escrita. Afinal, vai haver um estudo prévio para tentar identificar as particularidades daquela assinatura, bem como algum detalhe que seja exclusivo daquela pessoa.

4ª lei do grafismo

“O escritor que age em circunstâncias em que o ato de escrever é particularmente difícil traça instintivamente as formas de letras que lhe são mais costumeiras ou as formas de letras mais simples de um esquema fácil de ser construído.

Por fim, há a possibilidade de que a pessoa que realiza a análise grafotécnica utilize critérios imparciais para realizar essa avaliação, de modo que o resultado seja mais dentro da realidade.

Como a tecnologia pode auxiliar nesse processo?

Porém, a tecnologia será uma importante aliada no processo de evitar fraudes. Por meio do reconhecimento facial, por exemplo, a empresa terá em mãos um software que mapeia as características faciais de uma pessoa, armazenando dados como uma espécie de impressão facial. Isso ocorre devido ao uso de algoritmos, cuja principal finalidade é a de comparar a imagem real com a imagem armazenada, contribuindo para verificar a identidade do usuário de forma mais efetiva.

No rosto de uma pessoa, para se ter uma ideia, são identificados cerca de 80 pontos nodais. Ou seja, há diversos pontos e extremidades que contribuem para analisar o perfil, o que pode ser um importante auxiliador no momento de conferir a identidade de um cliente. Entre eles, destacamos:

  • largura do nariz;
  • profundidade dos olhos;
  • formato das maçãs do rosto;
  • distância entre os olhos, entre outros.

Neste conteúdo, você pôde identificar o que é grafoscopia, os riscos das fraudes para um negócio, além de conferir como essa técnica pode auxiliar em um negócio.

Se você deseja conferir um pouco mais sobre a tecnologia de reconhecimento facial e como ela auxilia nos processos da empresa, entre em contato com a gente, converse com nossos profissionais e tire suas dúvidas sobre o tema!

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