Políticas de segurança nas empresas e cibercrime têm sido assuntos bastante discutidos nos últimos anos nas organizações. Com a aprovação da LGPD e a necessidade de as empresas se adaptarem a esse novo contexto, mais do que nunca é preciso ter atenção quanto às vulnerabilidades do negócio e a ferramentas que auxiliem no controle dos processos, dados e demais informações do negócio. Afinal, caso haja qualquer tipo de situação que exponha a organização e seus clientes, naturalmente há uma perda de credibilidade.
Pensando nisso, elaboramos este material para que você entenda o que é o cibercrime, quais devem ser os pressupostos de uma política de privacidade, além de conferir dicas de como evitá-lo nas empresas. Continue a leitura e saiba mais!
O que é o cibercrime?
Primeiro, vamos entender um pouco mais sobre o significado de cibercrime. Também conhecido como crime cibernético, trata-se de atividades criminais praticadas por meio do auxílio da internet. As vítimas podem ser tanto pessoas físicas como jurídicas. Entre as formas que ocorrem, a disseminação de vírus, fraudes bancárias e vazamento de dados são considerados alguns dos principais.
Confira algumas outras modalidades que ocorrem esse tipo de crime:
fraudes feitas por e-mail e também pela internet;
fraude de identidades de usuários, quando as principais informações de pessoas são roubadas e utilizadas das mais distintas maneiras;
sequestro de dados de uma empresa, no qual o criminoso só devolve as informações depois que o pagamento foi efetuado (também chamado de ataque ransomware);
cryptojacking, quando criminosos exploram as criptomoedas a partir de recursos que não têm;
espionagem cibernética; entre outros.
Além disso, devemos destacar que a maioria dos cibercrimes se enquadra em duas categorias:
atividades criminosas que visam computadores;
atividades criminosas que utilizam os computadores para cometer outros crimes (como no caso do ransomware, por exemplo).
Quais são os exemplos mais comuns de cibercrime?
Agora que você já sabe o que é um cibercrime, selecionamos alguns dos exemplos mais comuns desse tipo de situação. Confira!
Ataque de malware
Em um ataque de malware, a rede de computadores de uma empresa é infectada por um vírus ou por um outro tipo de malware. Esse tipo de situação pode ocorrer em qualquer empresa, independentemente do tamanho e da área de atuação. Para se ter uma ideia, em 2015, cerca de 65% das empresas tiveram algum incidente relacionado à segurança, o que comprova a necessidade de ter uma política e ferramentas que protegem o negócio. De todos esses ataques, 85,65% ocorreram devido a malware.
Ransomware, conforme citamos acima, é um tipo de malware, utilizado pelo criminoso para extorquir dinheiro das vítimas. Dessa forma, além de colocar as informações da empresa em risco, também aumentam as probabilidades de prejuízo financeiro, o que impacta o fluxo de caixa e o planejamento do negócio como um todo.
Phishing
Também muito comum nas empresas, principalmente pela facilidade dos criminosos de acessarem dados e demais informações de um negócio. Nesse caso, vai haver um disparo de e-mails ou outras formas de comunicação levando os destinatários a realizarem algum tipo de ação que prejudicaria o negócio.
Nessas mensagens, as chances de conter arquivos infectados ou links maliciosos são grandes. Por essa razão, o mais indicado é realizar o treinamento de colaboradores de forma adequada, de modo que eles saibam identificar esses pontos e reportem o phishing sempre que necessário.
Ataques DDoS
Ataques DDoS, também chamados de ataques de negação de serviço distribuído, ocorrem quando cibercriminosos paralisam todo o sistema de uma rede. Ou seja, caso isso ocorra no negócio, as chances de impactar a produtividade de profissionais e o cumprimento de demandas é alto, trazendo um prejuízo incalculável para a empresa.
Em 2017, por exemplo, um caso famoso ocorreu no Reino Unido. Um ataque de DDoS paralisou todo o sistema de um aplicativo móvel de loteria, o que impediu as pessoas de jogar por aquele período.
O que deve conter em uma política de segurança?
Com o objetivo de reduzir as chances de ocorrer cibercrime em uma empresa, o ideal é que o negócio conte com uma política de segurança. Para isso, alguns tópicos importantes devem ser levados em consideração, visando trazer a segurança e garantir a credibilidade da empresa. Confira quais são eles!
Confidencialidade
O primeiro deles é a confidencialidade das informações. A empresa deve garantir que todos os dados que o cliente dispõe para a organização e que os profissionais tenham acesso só sejam vistos por pessoas autorizadas. Caso haja uma ruptura nesse sentido e haja o vazamento de dados, naturalmente a imagem da empresa sofre impactos perante o público, além de a LGPD prevê um pagamento de multa para situações como essas.
Integridade
Além disso, a empresa deve garantir que os dados sejam intocáveis por quem quer que seja. Dessa forma, além de evitar cibercrimes, também garante que os próprios colaboradores tenham restrições quanto a essas informações.
Responsabilidades dos colaboradores
Na política de privacidade, também é indicado que apresente quais são as responsabilidades dos colaboradores quanto ao bom uso da rede e dos dados armazenados. Além disso, é interessante ressaltar as responsabilidades também da empresa e em como ela vai garantir que as pessoas tenham conhecimento adequado para evitar qualquer tipo de problema no negócio.
Como a empresa deve evitar o cibercrime?
Além da política de privacidade, algumas outras ações e estratégias podem ser adotadas pela empresa para evitar os cibercrimes. A seguir, a gente explica quais são elas. Confira!
Tenha uma equipe própria para a área
O ideal é que a empresa defina uma equipe própria que vai cuidar de temas relacionados a cibercrime e as principais maneiras de evitá-lo. Assim, vai haver pessoas responsáveis por entender as vulnerabilidades, por analisar os principais processos e elaborar estratégias que contribuam para a segurança da organização.
Além disso, essas pessoas terão o entendimento e a análise necessários para identificar quais são os danos de possíveis ataques cibernéticos, o que fazer nessas situações, mapeando os riscos existentes e trazendo mais segurança para o negócio.
Tenha atenção quanto aos softwares utilizados na empresa
A empresa deve estar atenta, ainda, aos softwares utilizados no dia a dia do negócio. Por essa razão, o ideal é que faça uma análise de todas as soluções utilizadas pelo negócio e opte por aquelas que sejam originais. Caso contrário, há o risco de escolher pelo “barato que sai caro”, pois vai deixar o negócio exposto a vulnerabilidades.
De acordo com a Microsoft, grande parte dos ataques virtuais ocorre porque as organizações optam por ferramentas não genuínas. Segundo a mesma empresa, o tempo gasto para resolver os gargalos gerados é de 45 dias, o que traz impacto para a rotina de boa parte dos profissionais de seu negócio.
Utilize autenticação de dois fatores
Seja qual for o sistema de sua empresa, implemente a autenticação de dois fatores. Também chamada de autenticação de duas etapas, não é considerada exatamente uma técnica de segurança nova. Ocorre quando, além da senha digitada pelo profissional, também tenha que trazer algum tipo de código gerado por aplicativo (ou qualquer outra solução encontrada pela empresa).
Por meio do Google Authenticator, por exemplo, uma das ferramentas mais conhecidas nesse sentido, há uma garantia maior de que apenas o usuário responsável por aquela conta é que terá acesso às tecnologias da empresa e aos dados de clientes, fornecedores e demais profissionais.
Invista em treinamentos para profissionais
Investir em treinamentos para profissionais trará ganhos não apenas para evitar cibercrimes, como também para aumentar a satisfação dos colaboradores com a rotina da empresa, bem como para que toda a estratégia esteja alinhada.
Por meio de capacitações, por exemplo, as pessoas entenderão sobre a importância de utilizar senhas fortes em seus dispositivos, entenderão quais são as práticas que resultam em vulnerabilidades (acessar wifi em redes públicas, por exemplo), além de garantir que todos os dados e conversas importantes relativas à empresa sejam tratados nos devidos canais.
Caso haja o uso de aplicativos de conversas instantâneas com finalidade corporativa, o ideal é que tenha um 2FA também para essas ferramentas, evitando, assim, o ataque de cibercriminosos.
Faça backup dos arquivos
Outra estratégia que também pode ser adotada pelas empresas é a realização de backups das principais informações do negócio. Dessa forma, mesmo se ocorrer algum tipo de invasão de criminosos, a empresa estará resguardada de que os dados estão protegidos, principalmente em casos de ransomware.
Faça testes de vulnerabilidades
Para que a empresa entenda quais são os riscos que ela sofre, o ideal é que faça testes continuamente para identificar gargalos.
Exemplo: mesmo com o treinamento, existem pessoas que ainda não conseguem analisar um e-mail para entender de que se trata um phishing. Nesse sentido, a equipe tem a oportunidade de enviar um teste para os profissionais e avaliar qual é a porcentagem de pessoas que caíram naquela “armadilha” e qual foi a porcentagem reportada. Se o último número estiver baixo, é um sinal de que novas capacitações devem ser feitas.
A análise de vulnerabilidade fará, ainda, uma verificação de todas as atividades da empresa. Sendo assim, o time vai ter uma visão ampla de quais são as ameaças e o que deve ser feito para evitá-las.
Busque por ferramentas que auxiliarão a segurança da empresa
Por fim, busque ferramentas que auxiliarão na segurança da empresa. Seja para a sua equipe, seja para oferecer mais tranquilidade aos seus clientes, existem soluções que impactam de forma direta e positiva a sua empresa. O reconhecimento facial, por exemplo. Por meio dele, apenas pessoas previamente autorizadas terão acesso às suas informações, impedindo que haja fraudes e que coloque o negócio em ainda mais em risco.
Se você deseja saber um pouco mais sobre essa solução para evitar cibercrime, entre em contato com a gente, converse com nossos profissionais e tire suas dúvidas!