O Brasil é o segundo paÃs da América Latina que mais sofre com fraudes em ecommerces, de acordo com a Visa. Quando falamos sobre ataques virtuais, o Brasil também é um destaque — e mundial: sofre 89% de ataques automatizados e 11% manuais, ficando ao lado de Estados Unidos, Rússia e Reino Unido. O cenário não é tranquilo e, se pudermos adicionar mais um dado, nosso paÃs registra uma tentativa de fraude a cada 16 segundos, afirma a Serasa Experian.
Infelizmente, não existe uma bala de prata no combate aos cibercriminosos. Em conversas com a PolÃcia Civil de São Paulo, durante meus anos como Editor de Conteúdo Original no TecMundo, foi fácil descobrir que as autoridades já aguardam o momento em que o crime irá virar. Com o aumento das tecnologias e a internet mais próxima de toda a população, o criminoso vai aos poucos abandonando as ruas e partindo para o cibercrime. É mais lucrativo, mais fácil, mais rápido e menos perigoso. Não há troca de tiros dentro da internet.
Enquanto a população acaba sendo vÃtima, as empresas se tornam as galinhas dos ovos de ouro. Ainda mais a partir de 2020, em que a maioria delas partiu para o home-office, com estruturas gigantescas de funcionários trabalhando em rede.
Um relatório da unico, IDTech lÃder em identidade digital, aponta que o ano da pandemia teve um salto de 276% em tentativas de fraude em ecommerces, vendas diretas, telecomunicações e mercado financeiro. No total, 2020 somou mais de 3,5 milhões de transações com potencial fraudulento e 371, mil de tentativas — algo em torno de R$ 3,6 bilhões. A unico também nota que 48% dos ataques foi voltado à s fintechs.
Mas essa modalidade de crime na internet tem um efeito dobrado, pior que as empresas costumam imaginar. A perda financeira pode ser grande e até balançar contas e EBITDAS, contudo, o arranhão na imagem pública de uma marca pode ser algo que não se apaga e ainda exigir um caminhão de dinheiro para tentar limpar imagem.
A fraude, ao lado do vazamento de dados, atualmente é um dos dois grandes problemas que qualquer empresa pode enfrentar. O vazamento de dados entrega um descrédito sobre a maneira como as informações pessoais são lidadas, mas é notório que um cliente afetado por fraude dificilmente voltará a fazer negócios com a culpada.
O barulho que é gerado em redes sociais por relatos de anônimos que sofreram perdas com fraudes em empresas é gigante. O Reclame Aqui virou consulta para qualquer consumidor, o Twitter arrasta multidões que inflam respostas e comentários no perfil praticamente impedindo a entrada de novos clientes — e, dependendo do vacilo, a fraude acaba indo parar sendo investigada na própria justiça.
O que isso significa? Perder dinheiro, perder posição de mercado, perder rankeamento positivo na internet, perder antigos e novos clientes e ainda a possibilidade de virar uma chacota ou terreno perigoso na boca dos internautas.
Apesar de não existir bala de prata, a única maneira que as empresas (e isso vale também para cidadãos) evitarem ao máximo qualquer tipo de fraude é se valendo da defesa em camadas. A teoria do castelo.
Como um castelo possui muros gigantescos, portões de ferro, escotilhas e pontes levadiças, essa deve ser a abordagem de uma empresa — calma, você vai entender, não é para construir tudo isso.
Não basta boas práticas, é necessário contar com um sistema de pagamento robusto e conhecido, um cuidado extra com assinaturas digitais por meio de uma plataforma segura, treinamentos de equipes que envolvam como lidar com dados de clientes e como identificar golpes de internet (principalmente o phishing e os perigos do credential stuffing), obrigar a utilização do segundo-fator de autenticação em todos os serviços usados, investir pesado em equipe de cibersegurança e métodos de biometria (facial e digital) ajudam a completar as defesas e tornar sua empresa praticamente uma fortaleza digital.
A IDTech unico, por exemplo, ajuda as empresas que buscam mais segurança nas suas operações. Ela oferece pilares necessários que envolvem reconhecimento facial — como o pagamento via face —, OCR (reconhecimento ótico de caracteres) gratuito de documentos, base de dados colaborativa e adequada a LGPD, além de um baixo tempo de resposta pareado com assertividade de API.
2021 será o ano que todos esses dados vão seus números aumentarem. A pandemia não acabou, a maioria das empresas continua atuando em home-office e o crime já aprendeu o caminho.
É como dizem na internet, se você já roubou alguns quilômetros: o golpe tá aÃ.
Jornalista, Felipe Payão é Editor de Conteúdo Original no TecMundo com foco em cibersegurança.
Em uma empresa, alguns fatores contribuem de forma direta para que os resultados da organização nà ...
PolÃticas de segurança nas empresas e cibercrime têm sido assuntos bastante discutidos nos últim ...
Seja nas redes sociais, seja em e-commerces, constantemente nos deparamos com polÃtica de privacida ...