Profissional de RH: afeição e doçura ao lidar com vidas!
Todas as pessoas conhecem ou ao menos já ouviram falar da capacidade das mães em realizar feitos incríveis em benefício de seus filhos. Conseguem prever mudança de tempo e avisar as crias sobre a necessidade de carregar um agasalho ou guarda-chuva e são capazes de captar uma tristeza escondida observando tão somente a linguagem corporal do ser amado – para ficar apenas em dois exemplos do poder desses super seres.
Alguns indivíduos também carregam a incrível capacidade de penetrar a alma das pessoas e usam essa habilidade no desenvolvimento de seu trabalho. Entre eles, há uma classe de profissionais em especial que tem como principal tarefa desvendar seres humanos, vendo-os muito além das informações disponibilizadas no papel – ou, nos dias atuais, na tela de um computador – e de respostas oferecidas em um momento, muitas vezes breve, de apresentação.
Estamos falando do Profissional de Recursos Humanos, com sua incrível faculdade de ver além do que os olhos podem enxergar. E é graças a esse talento que eles, mesmo sem o saber, impactam a vida de tantas pessoas.
Para as empresas ele é um verdadeiro garimpeiro, sempre a buscar – e encontrar – preciosidades para compor o quadro de colaboradores. Elas sabem que necessitam desse profissional para encontrar as pessoas certas, acompanhar todo o processo admissional, oferecer treinamento, reter talentos, entre muitas outras funções imprescindíveis para que a máquina organizacional funcione sempre de modo preciso, como um verdadeiro relógio suiço.
Do outro lado dessa situação, está o elemento humano que almeja ser uma das engrenagens que movimentam o maquinário e, para isso, precisa atravessar o processo de seleção. Nesse contexto, o recrutador é visto como aquele que abrirá, ou não, a primeira porta que leva à caminhada tão sonhada, acompanhando o candidato em seus primeiros passos.
Podemos dizer que o recrutador é o cartão de visitas da empresa. Toda vez que conversa com um candidato leva consigo a cultura da instituição, seus objetivos, missões, apresenta os produtos e serviços. Através desse profissional, o candidato conhece detalhes da vaga oferecida e o perfil do trabalhador que está sendo procurado, demonstrando a importância de uma boa entrevista.
Mais do que qualquer propaganda, ele é o responsável por despertar na pessoa o interesse em fazer parte daquele ambiente. É ele quem dá apoio ao canditato orientando e gerenciando a montanha russa de sentimentos causados pelo processo de seleção. Em outras palavras, por seu intermédio, a organização se humaniza e torna-se palpável!
E o que dizer da delicada necessidade do profissional lidar com suas próprias emoções, sendo objetivo e imparcial em cada decisão tomada durante o longo caminho que revela qual a melhor opção, entre tantas, para a organização. E para o próprio colaborador que, se selecionado equivocadamente para uma vaga que não corresponde ao seu perfil, enfrentará dificuldades profissionais e até emocionais.
Mesmo com o surgimento de novas tecnologias que auxiliam no recrutamento e seleção de pessoas é esse profissional, ou melhor, é esse ser humano que acolhe o candidato e desenvolve o delicado processo de aconchegar alguém, fazendo-o sentir-se parte de um time. É ele que olha nos olhos e “sente” cada indivíduo que disputa uma vaga, ouvindo histórias e tendo sensibilidade para filtrá-las na medida certa.
Provavelmente, por estar tão envolvido com a correta execução de sua tarefa esses profissionais, muitas vezes, deixam de imaginar o que ocorre do outro lado do telefone quando dão a notícia tão esperada: “parabéns, você foi o escolhido para a função”.
Lágrimas, silêncio, gritos, pulos de alegria, abraços… Inúmeras são as formas de manifestar a imensa felicidade de ver uma porta se abrir. Para alguns, é uma sensação de conquista que eleva a auto estima, como uma injeção de ânimo. Outros revelam sentir um misto de alegria, alívio e expectativa. Há, ainda, os que afirmam ter um pouco de medo, rapidamente substituído pela esperança e a certeza de que o mais difícil ficou para trás.
Cabe lembrar que todas essas sensações desembocam na alegria de muitas outras pessoas que estão, de alguma forma, relacionadas àquela que acaba de saber que sua caminhada recomeça, abrindo espaço para novos aprendizados, novas descobertas.
Esses profissionais que semeiam a esperança podem não ter consciência, mas fazem bem mais do que exercer funções relacionadas aos colaboradores de uma organização. Eles nos levam a lembrar, e entender, uma das mais belas frases ditas por Charles Chaplin: “Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que inteligência, precisamos de afeição e doçura”.
Pela humanidade e afeição que recebemos do Profissional de RH, nossa gratidão e respeito. Por seu trabalho inteligente e responsável, nossos sinceros parabéns!