O reconhecimento de rosto é um procedimento que está se tornando cada vez mais frequente no setor privado como, por exemplo, na identificação de clientes de bancos e financeiras. Além de simplificar o fluxo de atendimento, o reconhecimento de rosto, baseado em biometria facial, proporciona mais segurança e assertividade à validação e autenticação de identidades e funciona como uma barreira contra as fraudes.
O que é reconhecimento de rosto?
O reconhecimento de rosto é uma solução tecnológica que possibilita validar e autenticar a identidade de qualquer pessoa com base em dados biométricos da face mais o número de CPF.
Primeiro, é necessário realizar a biometria facial e confirmar a titularidade do CPF para validar a identidade da pessoa. Neste momento, para fazer o reconhecimento de rosto, a ferramenta compara a selfie da pessoa ao banco de faces integrado e, ao mesmo tempo, verifica a titularidade do CPF apresentado. Havendo correspondência de dados, o reconhecimento de rosto é concluído com sucesso, ou seja, a identidade da pessoa é validada com a biometria facial.
A partir daí, o reconhecimento facial é aplicado às transações digitais. Para tanto, a selfie da pessoa é comparada a sua própria biometria facial, previamente cadastrada. O reconhecimento de face, pós-cadastro, é aplicado à autenticação da identidade em processos transacionais, tais como as operações bancárias e financeiras. Uma pessoa cadastrada com biometria facial poderá autenticar a identidade através do reconhecimento de rosto para efetuar um pagamento via PIX, por exemplo. Dessa forma, a transação torna-se mais segura, tanto para o titular da conta quanto para o banco ou financeira.
Reconhecimento de rosto x LGPD
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estabelece regras para a coleta, tratamento, armazenamento e compartilhamento de dados pessoais. Pela lei, a biometria facial é um dado pessoal sensível e, por este motivo, ao contratar uma solução completa de reconhecimento de rosto, a empresa precisa cumprir os dispositivos da LGPD para evitar sanções administrativas, multas, entre outros processos judiciais. A identificação digital, através do reconhecimento de face, não é um procedimento que pode ser feito de maneira aleatória.
Um dos mais importantes é obter o consentimento para realizar a biometria facial da pessoa que deseja se cadastrar e/ou daquelas que já possuem cadastro.
Com planejamento técnico e legal, empresas de todos os segmentos podem incluir o reconhecimento de rosto para tornar o fluxo de atendimento mais rápido e seguro, tanto para os negócios quanto para assegurar a proteção de dados e privacidade dos usuários cadastrados.
Como funciona o reconhecimento de rosto nos processos de validação e autenticação de identidade em bancos?
Bancos já iniciaram a implementação da biometria facial para autenticar a identidade de clientes em cada transação. O objetivo, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), é reforçar a segurança, em transações online, realizadas através de aplicativos bancários, instalados no smartphone.
Sem a biometria, para acessar a conta, através do aplicativo do banco, o cliente precisa digitar o CPF e a senha. Ao habilitar a identificação digital, o cliente poderá fazer o reconhecimento de rosto para acessar o aplicativo do banco e autenticar a identidade em cada transação. Dessa forma, em caso de perda, furto ou roubo do aparelho, outra pessoa não conseguirá realizar operações bancárias pelo aplicativo, uma vez que a autenticação da identidade depende do reconhecimento de face.
Benefícios do reconhecimento de rosto para bancos tradicionais e digitais
Segundo a Febraban, os bancos investem anualmente cerca de R$2,5 bilhões em tecnologia para aumentar a segurança digital e prevenir as fraudes. Neste contexto, a tecnologia de reconhecimento de rosto proporciona benefícios aos negócios e ajuda a blindar as contas bancárias contra transações fraudulentas:
Mais segurança às transações
Com o reconhecimento de rosto, o cliente pode dispensar a digitação de CPF, senha alfanumérica e leitura do código QR para confirmar a transação. Sendo a biometria facial única de cada pessoa, as transações tornam-se mais seguras. Caso ocorra uma tentativa de fraude de identidade, o sistema bloqueia a transação. Além disso, a tecnologia de reconhecimento de rosto pode ser aplicada à autenticação da identidade quando o cliente trocar o smartphone, evitando, assim, a clonagem de celular.
Ao proteger a conta do cliente, bancos tradicionais e digitais preservam seus próprios negócios, evitando perdas financeiras em decorrência de processos judiciais e prejuízos à imagem corporativa no mercado.
Agilidade no atendimento
O reconhecimento de rosto torna o atendimento mais dinâmico e rápido. O cliente não gasta tempo com cadastros e validações, e o banco reduz custos operacionais relativos à gestão de senhas, mesas de análises ou outros bureaus de atendimento. Fora isso, para os bancos tradicionais, que mantêm agências e terminais de autoatendimento, o reconhecimento facial ajuda a diminuir o tempo de espera na fila.
Melhor experiência do cliente
Para o cliente bancário, o reconhecimento de rosto propicia melhor experiência, pois a autenticação da identidade é instantânea, não depende de senhas e código QR ou outras burocracias para confirmar a titularidade da conta.
Outro exemplo, é que a aprovação de crédito é mais rápida quando a identidade do cliente pode ser autenticada através do reconhecimento de rosto, ou seja, em poucos segundos é possível saber se a solicitação foi aprovada ou não. Sem a autenticação biométrica facial, a resposta sobre o pedido de crédito pode levar horas ou alguns dias.
Além disso, este tipo de recurso aumenta a sensação de segurança e confiança de que outra pessoa não conseguirá acessar a conta bancária.
E se o reconhecimento facial não for assertivo?
Antes de contratar uma solução de reconhecimento de rosto, é importante saber qual é a taxa de assertividade da ferramenta na validação e autenticação de identidades. Isto porque uma tecnologia de baixa acuracidade pode apresentar índices elevados de falso negativo e falso positivo no reconhecimento de face.
Falso Negativo no Reconhecimento de Rosto
Vamos imaginar que um banco digital contratou um serviço de reconhecimento de rosto para fazer a identificação de clientes, na abertura da conta, contudo, a ferramenta apresentou alto índice de falso negativo, gerando inúmeras reclamações.
Como isto acontece? O cliente faz a selfie, em tempo real, para cadastrar a biometria facial, porém, a identidade não é válida porque ao combinar os dados biométricos da pessoa aos bancos de dados a ferramenta não confirma o reconhecimento de rosto, ou seja, embora a pessoa seja a real titular do CPF, o sistema gera um falso negativo. A situação causa constrangimento e irritação, motivando a desistência do onboarding e a busca por outras opções para a abertura da conta bancária.
Falso Positivo no Reconhecimento de Rosto
Uma situação oposta à do exemplo acima, uma pessoa rouba a identidade de outra e tenta abrir uma conta digital. Para fazer a selfie, ela usa uma fotografia da vítima, além de fornecer o CPF e outros dados. Se a tecnologia da ferramenta de reconhecimento de rosto não for avançada, o sistema pode validar a identidade. Neste caso, o falso positivo favoreceu a inclusão de uma pessoa que fraudou a identidade para abrir a conta, obter cartão de crédito, solicitar empréstimo, entre outras transações.
Daí a importância de escolher uma solução robusta e comprovadamente aprovada no mercado de tecnologia de identificação digital para obter maior assertividade no reconhecimento de rosto.
Como garantir a assertividade no reconhecimento facial?
A assertividade no reconhecimento facial depende de diversos fatores técnicos e complexos. A evolução dessa tecnologia tem sido cada vez mais satisfatória, com níveis de acurácia cada vez melhores.
Mas, para uma pessoa que não é da área de tecnologia, alguns cuidados e pontos de atenção são recomendados ao contratar (ou utilizar) essa solução, para alcançar bons resultados e a conclusão de um processo de identificação com a maior assertividade possível.
Confira:
Contrate um fornecedor de confiança
No momento da contratação de uma ferramenta de reconhecimento facial, além de observar questões como adequação às leis vigentes, é preciso entender sobre a qualidade da tecnologia e a assertividade do motor biométrico.
Realizar benchmarks com empresas que já utilizam o mesmo fornecedor ou solicitar cases de sucesso para analisar as taxas de falso positivo e negativo e o desempenho da solução em operações do mesmo segmento de mercado, também são boas estratégias para assegurar os níveis de acurácia, gerando mais confiança.
Garanta uma foto de boa qualidade
O maior recurso do reconhecimento facial é a foto, por isso é importante que sua qualidade seja garantida. Assim, a ferramenta consegue devolver informações mais claras, proporcionando análises e resultados melhores.
Existem alguns requisitos que são recomendados ao tirar a foto e que auxiliam em uma maior assertividade na identificação:
• a câmera deve ser posicionada de forma que o rosto do cliente fique dentro dos limites especificados;
• a foto deve ser tirada em um ambiente com boa iluminação;
• o cliente não deve estar usando óculos, chapéu, estar de lado ou com a cabeça baixa ou levantada – isso prejudica o algoritmo na identificação dos pontos milimétricos;
Além disso, ter uma câmera com boa resolução e conexão estável de internet, é de extrema relevância. É claro que cada fornecedor estabelecerá seus próprios requisitos para a captura da foto. É por isso que essa escolha também deve se basear em um processo que impacte positivamente na experiência do usuário.
Uma solução completa de biometria facial, desenvolvida com a tecnologia SDK (Kit de Desenvolvimento de Software) proporciona melhor qualidade ao processo de captura de fotos e documentos. Com este recurso, a ferramenta de reconhecimento de rosto consegue capturar, enquadrar e ajustar as imagens (exemplo: selfie e CPF do usuário) automaticamente. O disparo múltiplo é uma das funcionalidades que possibilita a captura de várias imagens e a seleção automática das melhores fotos para dar início ao fluxo de validação da identidade, no momento do cadastro. O SDK, associado à tecnologia SmartLive, possibilita a realização da prova de vida com interação, o que ajuda a bloquear tentativas de fraude por injection, por exemplo.
Unico Check: plataforma antifraude faz reconhecimento de rosto com eficácia e assertividade
A Unico, empresa líder no mercado brasileira de identificação digital, desenvolveu uma plataforma antifraude, focada em biometria facial, que proporciona elevado índice de assertividade no reconhecimento de rosto.
O Unico Check é uma ferramenta eficaz que pode ser integrada aos sistemas de bancos, financeiras, aplicativos, varejo, e-commerce, entre outras empresas.
É uma tecnologia que tem duas aplicações essenciais:
1. Validar a identidade do usuário com base no resultado do Score de Autenticação, após a combinação da biometria facial + CPF.
2. Autenticar a identidade do usuário cadastrado, com a geração do Token Biométrico.
A Unico possui o maior banco de faces privado do Brasil, sendo que a atualização da base de dados é contínua. Com isso, o índice de assertividade no reconhecimento de rosto é alto, o que garante mais segurança à identificação digital, no cadastro e em processos transacionais.Se você deseja conhecer as funcionalidades da plataforma antifraude Unico Check, acesse aqui.