Um dos grandes problemas que as empresas – e seus departamentos de RH – enfrentam em seu dia a dia é o risco de serem alvos de ações trabalhistas. Todo esse trâmite gera uma série de desgastes internos, financeiros e de tempo que muitas vezes podem ser evitados com alguns cuidados. Por isso, entender como evitar processos trabalhistas é fundamental para qualquer negócio.
Um bom processo de contratação é um deles, mas há diversas outras questões envolvidas, como a automação de processos no RH e as mudanças trazidas pela Reforma Trabalhista de 2017.
Por isso siga na leitura, saiba mais sobre processos trabalhistas e, principalmente, como proteger sua empresa deste risco.
Processos trabalhistas no Brasil tiveram queda expressiva após Reforma Trabalhista
Um levantamento no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostrou que entre as ações que mais entraram na Justiça do Trabalho em 2020, a maioria estava relacionada ao Aviso Prévio, com mais de 390 mil processos, e às multas de 40% do FGTS e do artigo 477 da CLT.
São direitos mínimos, assegurados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que muitas vezes são ignorados – parcialmente ou de forma integral – pelas empresas no momento do desligamento dos colaboradores.
Mas a Nova Reforma Trabalhista, promulgada no final de 2017, mudou o panorama dos processos trabalhistas em todo o País.
Muitos advogados acreditam que estas mudanças estão condicionadas às dúvidas sobre as aplicações da nova lei e à determinação de que o trabalhador arque com as sucumbências do processo, como honorários periciais e advocatícios, mesmo se a sentença não lhe for favorável.
Principais motivos de processos trabalhistas no Brasil
Motivos de Processos Trabalhistas
Número de Processos (em 2020)
Aviso Prévio
394389
Multa de 40% do FGTS
332802
Multa do Artigo 477 da CLT
326110
Multa do Artigo 467 da CLT
253948
Férias Proporcionais
241417
13º Salário Proporcional
231765
Horas Extras/Adicional de Hora Extra
226173
Horas Extras
220237
Adicional de Insalubridade
198623
Intervalo Intrajornada/Adicional de Hora Extra
183003
Saldo de Salário
167955
Horas Extras/Reflexos
167424
Verbas Rescisórias
163936
Depósito/Diferença de Recolhimento
162726
Intervalo Intrajornada
146073
Indenização/Dobra/Terço Constitucional
133664
FGTS
130053
CTPS/Anotação/Baixa/Retificação
122709
Indenização por Dano Moral
121355
Rescisão Indireta
118689
Esse é o ranking dos 20 principais motivos de processos trabalhistas no Brasil em 2020 segundo a Justiça do Trabalho. Como mencionamos, é no desligamento – e seus desdobramentos – que se concentram algumas das principais motivações de ações trabalhistas, mas há também uma série de outras questões envolvidas. A seguir, explicamos em mais detalhes alguns dos principais motivos que geram processos trabalhistas em uma empresa.
1) Rescisão de contrato
Seja no processo de desligamento ou nos casos em que a empresa entra em falência, é preciso ter atenção na rescisão trabalhista.
Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, mesmo em situação de falência as empresas são obrigadas por lei a quitar os valores rescisórios para os colaboradores em sua integralidade.
Outros problemas de divergência, comuns nesse momento e que podem servir de estopim para processos trabalhistas, são:
Erros de cálculos;
Descontos indevidos;
Interpretações indevidas da legislação.
2) Vínculo empregatício
Modelos de contratações temporárias ou terceirização de funcionários devem seguir à risca a legislação vigente – ou abrem espaço para possíveis processos trabalhistas. A nova Reforma criou espaço para novos formatos de contratações.
3) Horas extras e jornada excessiva de trabalho
É preciso registrar corretamente as horas extras de cada colaborador, observando o limite de duas horas diárias.
Muitas empresas mantêm práticas que estão em desacordo com a legislação vigente, como:
Manipulação do cartão de ponto ou registro de horas trabalhadas;
Coação junto aos colaboradores para estenderem sua jornada após o registro de saída;
Não-pagamento das horas extras trabalhadas.
4) Acúmulo e/ou desvio de função
Em tempos de economia desestabilizada e orçamentos enxutos, muitas organizações tendem a manter um funcionário exercendo atividades distintas do cargo para o qual foi contratado ou executando atividades de um cargo diferente do seu.
Nestes casos, a empresa deve fazer uma contraprestação correspondente às atividades e equiparar o salário de acordo com as atribuições, para não correr o risco de enfrentar processos trabalhistas.
5) Danos morais
Este caso compreende situações em que o colaborador é submetido a momentos de humilhação e constrangimento durante a jornada de trabalho, como:
Agressões verbais e/ou físicas;
Bullying – seja em público ou de modo privado;
Assédio moral;
Ameaças;
Atitudes por parte de colegas e superiores que possam gerar dano psicológico e físico.
Como evitar processos trabalhistas no Brasil?
Como você pode ver no tópico anterior, divergências envolvendo erros de cálculo e descontos indevidos são uma das principais causas de ações trabalhistas em uma empresa.
Muito disso se deve aos inúmeros formulários e toda a burocracia que já começa desde o processo de contratação de funcionários, podendo gerar equívocos no ajuste da documentação necessária para oficialização do vínculo empregatício entre empresa e funcionário.
Apostar em uma plataforma de gestão de pessoal, como o Unico People, é uma das formas mais seguras de proteger sua empresa de processos trabalhistas e ainda aumentar a produtividade de seu departamento de Recursos Humanos.
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