Interoperabilidade na saúde: Austrália e o Brasil já estão no caminho de um sistema de saúde conectado

É simples entender porque a interoperabilidade na saúde pode revolucionar essa área tão crucial para o bem-estar das pessoas. Para compreender como ela atua, é preciso saber que o conceito básico de interoperabilidade consiste em possibilitar a comunicação eficiente e integrada de múltiplos sistemas, buscando manter a segurança, acessibilidade aos dados e fluidez.

Essa comunicação ocorre por meio de uma interação contínua entre diferentes sistemas, dispositivos e recursos tecnológicos capazes de gerar uma comunicação ordenada de dados e informações que ofereçam como resultado soluções com alta performance operacional.

Vamos ver agora como este conceito é determinante para aumentar a qualidade dos serviços de saúde. Confira!

O que é interoperabilidade na saúde?

O potencial de eficiência de um ecossistema de saúde depende muito da capacidade de integração dos sistemas que fazem parte do conjunto de operações realizadas. Vejamos três aspectos essenciais que precisam ser considerados.

Definição

Ao levarmos em conta o conceito de interoperabilidade na saúde, precisamos pensar que esta área, assim como todas as demais, tem se transformado rapidamente devido à tecnologia. Por isso, há a necessidade inadiável de integrar os sistemas presentes em hospitais, clínicas, laboratórios e operadoras de saúde para que as informações médicas (prontuários, resultados de exames, tratamentos indicados etc.) sejam integradas e compartilhadas de maneira rápida e segura.

Dessa maneira, é possível realizar a gestão dos serviços médicos de forma mais eficaz, proporcionando diversas vantagens.

Benefícios para pacientes, médicos e sistemas de saúde

• Atendimento personalizado e flexível;
• Análise integral do histórico clínico do paciente;
• Otimização do tempo quanto aos diagnósticos e tratamentos;
• Evita a repetição de procedimentos já efetuados;
• Coleta, acesso e armazenamento de dados em tempo real;
• Evita equívocos decorrentes da falta de acesso às informações no momento adequado;
• Aprimoramento e otimização dos processos clínicos, fatores que agilizam o atendimento e melhoram a experiência do paciente;
• Redução de custos;
• Ganho expressivo em eficiência operacional.

Desafios

Ainda que a interoperabilidade na saúde seja uma realidade inquestionável, para atingir os resultados necessários é preciso conhecer e solucionar desafios que prejudicam o desenvolvimento das ações que visam a integração dos sistemas na área de saúde.

Esses fatores consistem na burocracia excessiva que ainda está presente nas operações, adoção de um padrão robusto de segurança com a finalidade de proteger os dados e preparo técnico e humano quanto ao gerenciamento dos dados e informações.

O caso da Austrália: prontuário eletrônico do paciente em escala nacional

Em diversas nações, a interoperabilidade no segmento de saúde tem apresentado avanços expressivos que demonstram a importância da inovação nesta área. O padrão de prontuário eletrônico do paciente, adotado na Austrália, é um exemplo de como a tecnologia e uma gestão eficiente de dados e informações pode proporcionar transformações consistentes.

Este modelo de prontuário foi aplicado em âmbito nacional, o que possibilitou uma ampla coleta de dados e informações clínicas de maneira ordenada. Além disso, um dos diferenciais dessa estratégia foi o de possibilitar ao paciente a autonomia para decidir quem, quando e em quais situações as informações contidas no prontuário poderão ser visualizadas.

Outra vantagem é que o paciente consegue adicionar informações relevantes sobre suas condições atuais de saúde e também sobre o histórico clínico. Também é permitido incluir objetivos futuros quanto aos cuidados com a saúde.

Isso é uma realidade possível para o Brasil hoje?

É principalmente nos momentos de crise que as soluções são desenvolvidas com maior agilidade e poder de impacto positivo para a sociedade. No Brasil, a pandemia de Covid-19 foi um acontecimento que demonstrou a força do Sistema Único de Saúde – SUS.

Lembra, logo no começo da pandemia, quando as informações ainda eram desencontradas, mas havia uma necessidade urgente de realizar o rastreamento das pessoas infectadas ou suspeitas de estarem com o vírus? Por meio da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) foi possível efetuar a notificação dos resultados dos testes de diagnósticos em laboratórios para detecção do vírus em apenas 24 horas.

O processo de atualização manual, que era bastante demorado, foi eliminado devido à digitalização desta operação no sistema e-SUS Notifica, o que possibilitou uma atualização ágil quanto aos casos suspeitos de Covid-19.

Por conta de uma rápida integração de informações, os resultados dos testes de Covid-19 começaram a ser disponibilizados por meio do ConecteSUS. Essa operação possibilitou que os pacientes e profissionais de saúde conseguissem visualizar dados importantes para a adoção e a continuidade dos cuidados.
Os processos relacionados à vacinação também foram aperfeiçoados com a ajuda da tecnologia, abrangendo os procedimentos relacionados aos registros de vacinação e liberação do Certificado Nacional de Vacinação na plataforma ConecteSUS.

Estes avanços demonstram que, embora o Brasil ainda enfrente diversos obstáculos em termos de eficiência operacional, há um alto potencial de transformação positiva e aplicação de soluções viáveis que de fato melhoram a vida dos cidadãos, dos profissionais e de toda a rede de instituições e empresas atuantes na área da saúde.

A importância da privacidade nesse contexto

Para garantir a eficiência operacional na interoperabilidade na saúde, um dos critérios fundamentais é a segurança. Diante de um imenso volume de dados e informações que precisam ser geridos de maneira adequada, é preciso desenvolver um padrão robusto para a proteção das informações sobre a saúde, que são sigilosas.

O vazamento ou uso criminoso de tais informações pode gerar problemas sérios para os pacientes, médicos, demais profissionais de saúde e instituições públicas ou privadas.

Soluções para garantir mais segurança na saúde

Por conta da necessidade de elevar a segurança nos processos que envolvem a interoperabilidade na saúde, é crucial ter recursos eficientes para evitar fraudes na transmissão de dados ou na identificação das pessoas.

A tecnologia de reconhecimento facial faz parte de um ecossistema de soluções inovadoras desenvolvido pela Unico. O propósito dessas soluções é elevar o padrão de segurança e qualidade dos serviços, contribuindo com um novo tempo no qual a tecnologia pode ser uma aliada do bem-estar.

Combinando iniciativas, recursos e estratégias de inovação do setor público e privado é possível construirmos uma sociedade que se mantém à frente das transformações globais.

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