A autenticidade de documentos é essencial à qualidade do banco de dados de qualquer tipo de empresa. Ao obter dados legítimos do público-alvo do negócio, tanto no processo de onboarding quanto em transações futuras, a empresa consegue bloquear possíveis tentativas de fraudes.
Duas técnicas podem ser aplicadas à análise de documentos e assinaturas: documentoscopia e grafoscopia. Além disso, com uma plataforma antifraude, que valida e autentica identidades com base em biometria facial, o sistema da empresa terá uma camada extra de segurança no ambiente digital.
Neste artigo, vamos explicar o que é documentoscopia e grafoscopia e como uma plataforma de biometria facial contribui para a otimização do cadastro e autenticação da identidade em processos transacionais, além de ajudar a prevenir a fraude documental.
O que é documentoscopia?
A documentoscopia nada mais é do que uma técnica baseada no estudo de documentos. Também considerada uma ciência, a documentoscopia tem como meta verificar a autenticidade ou a falsidade de documentos.
Aplicado para fins judiciais, esse recurso é realizado por meio de um método que engloba análises científicas e técnicas. Para tanto, alguns equipamentos são necessários e, assim, é realizada uma perícia documentoscópica.
Na perícia documentoscópica, um profissional gabaritado e especializado examina e analisa, de forma minuciosa, a veracidade do documento.
Para isso, lança mão de uma técnica específica e, assim, elabora um laudo que revela, com clareza e detalhes, eventuais rasuras, montagens e, até mesmo, a adulteração de outros elementos, que determinam a inautenticidade do material analisado.
O que é grafoscopia?
A documentoscopia engloba algumas técnicas específicas, entre elas, a grafoscopia. Também com o objetivo de analisar a autenticidade dos documentos, a grafoscopia tem como base o estudo da escrita manuscrita.
Desse modo, é analisado com profundidade as singularidades das assinaturas que cada indivíduo apresenta. Afinal, duas pessoas são incapazes de produzirem o mesmo conteúdo com exatidão de detalhes, pois a escrita conta com inúmeras variações.
O profissional que a realiza é chamado de perito grafotécnico que, além de ter habilidades específicas, segue as normas e regras técnicas e relacionadas à lei. O seu trabalho consiste em definir se dois documentos foram escritos ou assinados pela mesma pessoa ou por uma segunda ou terceira.
Este processo acontece em três etapas, que são:
Exame: essa é a primeira fase da grafoscopia. Nela, certas particularidades da escrita, como o espaço entre as letras e os seus tamanhos são analisados;
Comparação: nesta etapa, o perito busca as principais divergências entre a amostra e o documento a ser analisado;
Avaliação: depois da análise minuciosa e da comparação, descobrem-se evidências que mostram se o documento é original ou se foi adulterado.
É válido informar que, por meio da grafoscopia, é possível também saber se a grafia apresenta alterações porque a pessoa estava sob efeito de drogas ou se por possuir alguma doença.
Neste cenário, essa técnica também consegue identificar se uma pessoa coagiu outra no momento em que ela estava escrevendo.
É importante ressaltar também que o perito apenas verifica a autenticidade e a autoria da escrita. Em outras palavras, não cabe a esse profissional realizar qualquer julgamento sobre a personalidade das pessoas envolvidas.
Vale destacar que a grafoscopia para prevenção de fraudes é bastante utilizada judicialmente. Por meio dela, verifica-se se houve ou não a adulteração da assinatura para, logo, concluir se houve uma tentativa de crime.
Para entender melhor o que é documentoscopia e grafoscopia, indicamos que assista ao vídeo abaixo, que conta com uma entrevista com um perito, que explica como essas análises acontecem na prática, por meio de exemplos.
Suporte no combate à fraude
Com uma pesquisa simples, na internet, é possível encontrar diversas notícias sobre falsificação de documentos, crimes digitais e estatísticas referentes a fraudes de identidade e falsidade ideológica contra bancos, financeiras, e-commerce, varejo, setor de telecom, órgãos públicos e outros segmentos.
A empresa Unico, que atua no mercado de identificação digital, registrou cerca de 4,4 milhões de tentativas de fraudes, no primeiro semestre de 2022, contra as empresas que utilizam a tecnologia de biometria facial para validar e autenticar identidades. Com o bloqueio de operações suspeitas, foi possível evitar um prejuízo estimado em R$ 115 bilhões.
Segundo o estudo “Fraudes de Identidade no Brasil 2022”, realizado pela Sumsub, a carteira de identidade lidera o ranking de documentos falsificados, com 73,04% dos casos. Em segundo lugar, ficou a falsificação da Carteira Nacional de Habilitação, que correspondeu a 18,86% das ocorrências. O computador foi o meio utilizado em 62% das tentativas de fraudes de identidade, segundo a pesquisa da Sumsub.
Para vencer este desafio, a tecnologia de biometria facial é uma solução robusta e assertiva ao processo de identificação digital do público-alvo da empresa. Como a biometria facial é exclusiva de cada pessoa, a probabilidade de alguém efetuar o cadastro, usando dados de terceiros, ou tentar fazer uma transação, a partir do roubo de dados, é praticamente impossível.
O Unico Check, solução desenvolvida pela Unico, calcula o Score de Autenticação, com base na biometria facial e análise de CPF, para validar a identidade. Com o cadastro confirmado, a plataforma passará a gerar o Token Biométrico para autenticar a identidade, comparando a selfie, em tempo real, à biometria facial armazenada no sistema da empresa responsável pelo atendimento do cliente.
Em 2022, a Unico fez cerca de 229 milhões de cadastros com biometria facial para bancos, financeiras, empresas do e-commerce, varejo, telecom, seguros, aplicativos, entre outros segmentos. Com o Unico Check foram realizadas mais de 44 mil autenticações por hora e, a cada 52 identidades autenticadas, a plataforma identificou 1 tentativa de fraude de identidade.
Com a solução Unico Check, a empresa consegue fazer a prova de vida do cliente com interação, pois a plataforma é dotada da tecnologia SmartLive. A ferramenta é capaz de identificar se a imagem corresponde à selfie em tempo real ou uma tentativa de fraude, com foto ou vídeo do rosto da pessoa que teve os dados roubados.
A ferramenta, além de fazer a autenticação biométrica de identidade, tem outra funcionalidade importante, a comparação de documentos, com os seguintes procedimentos:
CPF Match Comparação do CPF com a base de faces integrada do Unico Check;
Face Match Comparação da foto do documento à selfie capturada pelo Unico Check;
OCR A ferramenta extrai automaticamente os dados mais relevantes, contidos no documento apresentado pelo cliente;
Tipificação Análise automática do documento capturado, com a finalidade de confirmar se corresponde ao que foi solicitado pela empresa.
Em resumo, podemos dizer que a tecnologia de identificação digital proporciona resultados eficazes ao onboarding de clientes e ajuda a proteger os negócios contra as tentativas de fraudes de identidade e crimes financeiros.
Os custos com a análise de fraude documental, realizada por peritos em grafoscopia e documentoscopia, em processos judiciais, podem ser eliminados e/ou reduzidos, se a empresa adotar procedimentos avançados de segurança digital, em todas as etapas de atendimento ao cliente.