Quantas vezes você precisou apresentar um documento de identidade para validar um cadastro ou comprovar que você é quem diz ser ao realizar uma transação? Este tipo de procedimento ocorre em inúmeras situações, tais como na abertura de conta bancária; compra e venda de veículo; admissão profissional; solicitação de empréstimo, financiamento ou cartão de crédito; retirada de mercadoria, entre outras circunstâncias.
A apresentação do documento de identidade serve para facilitar e comprovar a identificação civil perante as instituições públicas e privadas.
Parece simples, mas não é bem assim. Em várias situações, além de apresentar o documento de identidade, exige-se cópia autenticada de documentos, bem como o reconhecimento de firma em cartório. E, além das despesas, gasta-se tempo em guichês de atendimento presencial, em dois ou mais setores, para concluir uma solicitação. Tudo isso para validar a identidade!
Este tipo de exigência faz parte da burocracia no Brasil, sistema que consome muito tempo e dinheiro da população, empresas e outras organizações devido ao excesso de formalismo e à desconfiança em relação à legitimidade dos dados de identificação civil, entre outras disfunções.
Em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, realizamos o estudo Custo Brasil da Identificação para compreender melhor o impacto financeiro dos excessos de burocracia, no dia a dia. O levantamento estima que, em 2021, o custo da burocracia no Brasil tenha sido entre 104.4 e 174.4 bilhões de reais em 2021. Isso representa entre 1.20% e 2.00% do Produto Interno Bruto do ano de 2021.
Com a leitura deste artigo, você saberá mais sobre o custo da burocracia no Brasil e como as soluções tecnológicas de biometria facial tornam o processo de identificação mais rápido, eficaz e econômico, tanto para os cidadãos quanto para os setores públicos e privados.
84% da população considera a burocracia no Brasil excessiva
Cerca de 84% dos brasileiros consideram o país burocrático, segundo conclusão de uma pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Para 78% dos entrevistados, o custo da burocracia no Brasil representa um entrave ao desenvolvimento e 77% acreditam que o excesso de burocracia dificulta a aquisição de bens (veículos e imóveis).
De acordo com a pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a burocracia excessiva tem impacto negativo sobre os negócios e acaba incentivando a informalidade e a corrupção, na opinião de 74% dos entrevistados. Os produtos e serviços poderiam custar menos se a burocracia fosse reduzida, segundo avaliação de 75% das pessoas ouvidas pelo Ibope.
A burocracia é maior para:
Abrir ou encerrar uma empresa;
Comprar um imóvel;
Realizar um inventário;
Solicitar aposentadoria ou pensão;
Obter licenças públicas para construção e/ou reforma;
Alugar imóvel residencial ou comercial;
Entre outros processos.
O estudo mostrou ainda que 77% dos cidadãos brasileiros são favoráveis à unificação de documentos de identificação (RG, CPF, CNH, título de eleitor e cartão do PIS/Pasep) para tornar os atendimentos mais rápidos. Com a Carteira de Identidade Nacional, este desejo será realizado, pois este documento reunirá os dados dos principais documentos dos cidadãos brasileiros, podendo ser acessado através do aplicativo no celular. Contudo, na prática, os documentos atuais ainda poderão ser exigidos em várias situações.
A burocracia no Brasil custa caro para o setor privado
De acordo com o Índice Global de Complexidade Corporativa, calculado pela TMF Group, o Brasil lidera o ranking de países que têm burocracias complexas para a realização de negócios. O custo da burocracia impõe alguns desafios aos empreendedores, tais como a necessidade de atender as solicitações de órgãos governamentais nas três esferas (federal, estadual e municipal) e as constantes mudanças das legislações.
A burocracia tributária custa, anualmente, cerca de R$ 181 bilhões para as empresas brasileiras, segundo levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação. O Impacto da Burocracia, estudo realizado pela Sage Brasil, mostra que as pequenas e médias empresas gastam aproximadamente R$ 79 bilhões para atender exigências de órgãos públicos. A execução de tarefas burocráticas consome 120 dias úteis por ano.
Ao mesmo tempo em que enfrentam o custo da burocracia, inúmeras empresas ainda mantêm processos burocráticos:
No cadastro de clientes, fornecedores e parceiros comerciais;
No Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC);
Na análise crédito, empréstimo e/ou financiamento;
Na contratação de recursos humanos;
Entre outros procedimentos.
Setor público: 5,5 horas gastas com cada procedimento burocrático
Cerca de 33% dos trâmites realizados por cidadãos brasileiros estão relacionados à identificação e registro civil, segundo o estudo Fim do processo eterno: cidadãos, burocracia e governo digital, realizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Um estudo sobre a burocracia, elaborado também pelo BID, os cidadãos brasileiros gastam cerca de 5,5 horas para concluir os trâmites exigidos por órgãos públicos, sendo que em 28% dos casos, é necessário comparecer a duas ou mais repartições da administração pública para complementar uma solicitação. Os processos são altamente burocráticos porque:
O atendimento presencial ainda é o procedimento mais usual;
Baixo índice de informatização do setor público;
A maior parte dos formulários é preenchida por escrito;
Faltam processos padronizados para otimizar o atendimento;
Muitos órgãos públicos ainda solicitam cópias impressas de documentos;
Entre outros motivos.
Custo Brasil da Identificação: estudo inédito demonstra o gasto com a burocracia para validar e comprovar identidades
O estudo que realizamos em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas mostrou que o custo da burocracia em processos de identificação convencionais variou de 1,2% a 2% do Produto Interno Brasileiro (PIB). Custo Brasil da Identificação, em 2021, foi superior a R$ 104,4 bilhões.
Considerando a heterogeneidade de dados, a pesquisa concluiu que o CBI ficou entre R$ 104,4 bilhões e R$ 174,2 bilhões. Para a população, o custo da burocracia para comprovar a própria identidade variou de R$497,00 a R$830,00. Os valores correspondem, respectivamente, a 41% e 68% do salário mínimo nacional (R$ 1.212,00) em 2021.
Todo esse dinheiro foi gasto em procedimentos convencionais, excessivamente burocráticos, para a validar e autenticar a identidade das pessoas em diversas circunstâncias:
Assinar e/ou registrar contratos de financiamento;
Atendimentos para emissão de documentos;
Matrículas escolares e/ou solicitação de documentos escolares;
Assinatura de documentos em instituições bancárias;
Liberação de cartões de débito e crédito;
Não realizar consulta médica e exames por falta de documentos;
Não retirada de mercadorias pela falta de documento de identidade;
Entre outras situações que tornam o fluxo de atendimento ineficiente e demorado.
O excesso de burocracia no cadastro de usuários e na autenticação de identidades também não garante 100% de proteção contra fraudadores, que utilizam documentos de terceiros para realizar transações ilícitas. Ao contrário, a realidade mostra que o sistema burocrático brasileiro, ao longo do tempo, tornou-se cada vez mais complexo e caro, abrindo caminho para o clientelismo, corporativismo, corrupção e o famoso “jeitinho brasileiro” para driblar trâmites de processos excessivamente burocráticos. Ou seja, um sistema que deveria proporcionar legalidade e transparência, acaba gerando mais insatisfação e exclusão social, com tantas formalidades e morosidade no atendimento.
É possível desenvolver fluxos de atendimento mais eficientes e rápidos? Sim. A medida mais eficaz para reduzir a burocracia nos fluxos de atendimento, sem deixar de prevenir e combater as fraudes de identidade, é a identificação digital com biometria facial.
Identidade digital para reduzir o custo da burocracia e melhorar a qualidade de atendimento
Com uma plataforma de biometria facial integrada a seus sistemas, bancos, financeiras, e-commerce, varejo, seguradoras, serviços telecom, deliveries, entre outros segmentos, podem:
Realizar a identificação digital do público-alvo com maior assertividade e segurança;
Obter maior precisão e confiabilidade na validação da identidade com biometria facial;
Mais economia com a automatização dos fluxos de atendimento;
Melhoria da experiência do usuário, com menos burocracia e mais proteção de dados e privacidade;
Oportunidade para desenvolver o atendimento omnichannel com segurança e efetividade;
Autenticar identidades por reconhecimento facial em processos transacionais; agregando, com a biometria facial, uma camada a mais de proteção aos dados dos usuários;
Prevenir e combater as fraudes de identidade com a aplicação do reconhecimento biométrico facial, no cadastro e transações;
Entre outros benefícios e vantagens proporcionados por uma plataforma de biometria facial.
Com a biometria facial, associada ao CPF informado pelo usuário, é mais fácil e rápido validar a identidade e, posteriormente, realizar outros procedimentos, sem a necessidade de solicitar login, senha e outros trâmites burocráticos para confirmar se a pessoa é quem diz ser.
Unico Check: plataforma antifraude para validar e autenticar identidades
O Unico Check, plataforma de biometria facial, desenvolvida por nossos especialistas, tem duas aplicações fundamentais que tornam o atendimento mais rápido, eficaz e livre dos excessos da burocracia, o Score de Autenticação e o Token Biométrico.
Ao combinar a biometria facial, gerada a partir de uma selfie, em tempo real, mais o CPF apresentado pela pessoa que deseja efetuar o cadastro, o Unico Check calcula o Score de Autenticação para validar a identidade. Havendo alguma divergência, a solicitação de cadastro é direcionada à mesa de análise. Em 2022, com esta solução, foram realizados cerca de 229 milhões de cadastros de pessoas físicas por empresas de diversos segmentos, tais como bancos, financeiras, e-commerce, varejo, seguradoras e telecom. Com a ferramenta de biometria facial, foi possível bloquear mais de 4,4 milhões de tentativas de fraudes de identidade.
Com a identidade validada por biometria facial, o usuário poderá autenticar as transações mais facilmente, sem os transtornos dos trâmites burocráticos. Ao capturar a selfie, o Unico Check compara a imagem à biometria facial, armazenada no banco de dados da empresa que fez o cadastro. Ao realizar o reconhecimento facial, a ferramenta fornece o Token Biométrico para autenticar a identidade e, assim, liberar a transação. A autenticação biométrica facial torna o fluxo de atendimento digital e/ou presencial muito mais rápido, seguro e eficiente porque dispensa o uso de senha, códigos e apresentação de documento de identidade para cada transação.
Ao contrário dos processos excessivamente burocráticos, o reconhecimento facial, realizado com o Unico Check, pode proporcionar melhor experiência aos usuários de serviços públicos; aos clientes e parceiros comerciais da iniciativa privada. Tudo isto em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Para saber mais sobre a Estimativa do Custo Brasil da Identificação acesse nosso site.