Se algo parece muito vantajoso, o preço pode ser seus dados

É importante prestar atenção antes de clicar em um link ou fornecer dados à sites e aplicativos maliciosos para evitar ataques de cyber criminosos ou de abuso de privacidade

Você já se perguntou por que um site de comércio eletrônico precisa de nossos dados bancários? Ou por que um aplicativo de câmera ou algum jogo de smartphone precisa saber o nosso endereço? Essas e outras perguntas devem estar sempre no nosso radar para que evitemos fornecer nossos dados para lugares que não temos conhecimento. 

A cada dia surgem novas formas cada vez mais criativas para ganhar a atenção dos usuários e assim ter acesso aos nossos dados pessoais, bancários ou instalar aplicativos maliciosos em nossos computadores e smartphones. Essas ações são conhecidas como Phishing e é uma das técnicas utilizadas por criminosos, que visam se passar por uma empresa legítima, como bancos, comércios eletrônicos ou qualquer outro tipo de site, com o intuito de manipular as pessoas a fornecer seus dados. 

Como identificar o Phishing?

Normalmente, os phishings chegam até nós através de e-mails falsos, mensagens de WhatsApp ou SMS de números desconhecidos. Mas também podemos receber links maliciosos de amigos ou contatos próximos que receberam essas mensagens e repassaram a mensagem pensando ser legítima. Por isso é muito importante ser cauteloso com links que recebemos porque, como diz o ditado, “nem tudo o que reluz é ouro” e podemos estar abrindo espaço para um grande número de problemas. 

“Através do phishing é onde normalmente informamos nossos dados pessoais, dados bancários, enviamos fotos de nossas faces e documentos ou, em phishings mais avançados, autorizamos transações sem o claro consentimento do que estamos realizando”, explicou Guilherme Bacellar, especialista em fraude na Unico. 

Entenda porque fornecer nossas informações pode ser perigoso

Com essas informações em mãos, os criminosos podem abrir contas bancárias laranja em nosso nome, fazer empréstimos e financiamentos de bens de médio valor, realizar saques de auxílios governamentais e FGTS, contratar cartões de crédito ou realizar compras em sites de comércio eletrônico com cartões de crédito de terceiros, mas com o nosso CPF.

Por essas e outras razões que devemos nos certificar em fornecer o mínimo necessário de nossos dados para sites e aplicativos; e também nos atentar ao endereço do site, ao logotipo da empresa e se existem erros de português na escrita do site. “Esses são os pontos mais importantes a nos atentar, pois os criminosos tendem a utilizar endereços parecidos aos reais, logotipos modificados e escrever sem cuidado ou revisão de ortografia”, alerta Guilherme. 

É muito importante que estejamos atentos ao conteúdo dos sites e das mensagens que chegam até nós, principalmente, quando somos apresentados a promoções tentadoras de produtos, ofertas de trabalho milionárias ou supostas mensagens de transações que não realizamos. Neste momento o ideal é suspeitar e não clicar diretamente no link, mas sim acessá-lo diretamente do navegador para verificar as informações. Em outras palavras, se algo parece bom ou urgente e importante demais, desconfie.