Tecnologia, custos menores e mais segurança promovem o avanço das fintechs

01/12/2022 3 min de leitura

Maturidade do segmento ajuda os meios digitais a conquistarem mais usuários a cada dia.

O brasileiro gosta de rapidez, comodidade e foge do pagamento de taxas. Esse perfil contribui para um cenário favorável ao crescimento das fintechs, que praticamente quadruplicaram no País nos últimos dez anos.

A regulamentação do setor pelo Banco Central e a segurança nas operações são apontadas pelos especialistas como a base para essas empresas terem caído no gosto popular.

Resultado: 65% delas esperam dobrar receita neste ano, conforme pesquisa realizada pela consultoria PwC Brasil, em parceria com a ABFintechs (Associação Brasileira das Fintechs).

Atualmente, basta um celular com acesso à internet para abrir uma conta digital. No País que tem mais smartphones do que habitantes, as fintechs aumentam o acesso a serviços financeiros e à bancarização.

“Os meios digitais estão ganhando mais espaço e alcançaram a maturidade, pois só é útil se as pessoas conseguem usar com todo mundo que está ao redor”, diz Arthur Igreja, especialista em tecnologia.

Isso foi o que ocorreu com o PIX, por exemplo. A solução facilitou o modelo de transferência de recursos e ganhou adeptos de forma muito rápida, já que eliminou os custos existentes em transações como o TED e DOC.

“Chegou em um estágio onde é possível usá-lo no dia a dia com muitas pessoas. Há também a maturidade da tecnologia. Com isso, o PIX se tornou incrivelmente conveniente. Sem falar, nos últimos anos, na queda das taxas, o que é muito importante também no cenário brasileiro”, explica Igreja.

Tendência mundial

Esse fenômeno, aliás, não é exclusividade do mercado brasileiro. Os meios de pagamento digitais já se consolidaram como tendência mundial. De acordo com o levantamento da PwC, os volumes globais de transações on-line deverão aumentar em mais de 80% até 2025.

Através da tecnologia da informação e da digitalização dos documentos, as empresas passaram a aprimorar os serviços e a criar novos produtos, eliminando a burocracia e com custos menores, explica a economista e professora universitária, Fernanda Coelho.
“Uma fintech vai além da tecnologia financeira e conversa com esses novos modelos de negócio que surgiram com a globalização e ficaram mais intensos com a popularização da internet, dos celulares e seus aplicativos”, acrescenta Fernanda.

A especialista analisa ainda que a popularização das fintechs tem ajudado na educação financeira do brasileiro e contribui com a formação de preços dos serviços.

Como atuam em meios totalmente digitais e esperam ganhar mercado rapidamente, as empresas conseguem colocar no mercado produtos mais baratos e, muitas vezes, até sem taxas. Entra em cena a lei da oferta e demanda por conta concorrência entre os players.

Segurança como ponto crucial

Outro ingrediente fundamental para que as fintechs tenham deslanchado no mercado é a segurança. As ferramentas com alta tecnologia, que seguem ganhando novas camadas de proteção e inovação, melhoram a percepção do consumidor e conquistam mais e mais adeptos.

A biometria facial é uma das mais recentes tecnologias. Ela tem se popularizado pela facilidade de uso e pelo grau de segurança. Só para se ter uma idéia, 43% dos brasileiros afirmaram já terem sofrido fraudes financeiras relacionadas ao uso indevido de identidade ao longo da vida, segundo dados do Instituto Locomotiva.

Aliás, a biometria facial promete ainda enterrar, muito em breve, o uso de senhas. A medida será mais um forte componente para a queda no número de golpes e fraudes ao sistema financeiro e um alívio para a memória do usuário.

Especializada em identidade digital, a Unico é a IDTech pioneira e líder em seu segmento, que tem se destacado no cenário nacional devido à performance de seus produtos – tanto que acaba de entrar para a lista de fintechs mais promissoras do mundo, sendo destaque no Top CB Insights 2022, ranking que reúne 250 empresas de mais de 30 países. No Brasil, apenas nove empresas foram selecionadas, com a Unico entre elas.

Em seu portfólio, a biometria facial, que auxilia todos os dias em diversas transações, garantindo que as pessoas são quem elas dizem ser, é um dos destaques e vem conquistando o mercado.

Somente neste ano, a Unico já autenticou mais de 175 milhões de transações e estima ter evitado aproximadamente R$ 75 bilhões em fraudes para as fintechs com sua solução de autenticação de identidade por meio da biometria facial, o Unico Check.

“A biometria ajuda, a meu ver, em três frentes. A primeira, de fato, é que está sendo usado um identificador único, onde se atrela o uso à pessoa. Segundo: a biometria pode ser utilizada para arquivar senhas quilométricas. Por fim, existe a garantia de que a pessoa está realmente à frente do aparelho, que é ela quem está fazendo uso daquilo”, avalia Igreja.

*Conteúdo publicado em parceria com o Estadão. Sua reprodução em veículos de comunicação é permitida.