Especialista em fraudes e cibersegurança responde algumas dúvidas sobre essa tecnologia.
Especialista em fraudes e cibersegurança responde algumas dúvidas sobre essa tecnologia
Seria difícil imaginar o mundo contemporâneo sem os avanços tecnológicos dos últimos anos. Desde os smartphones com câmeras, que nos permitiram ter o mundo à distância de um toque na tela, à inteligência artificial, que busca facilitar todos os aspectos de nossas vidas. Dentre os mais diferentes avanços, está a tecnologia de prova de vida, utilizada para comprovar se uma pessoa está ao vivo ou não no momento da captura da imagem - o que antes só seria possível se feito de forma presencial. O uso dessa tecnologia está cada vez mais frequente no dia a dia das pessoas e já funciona em uma série de processos que até então eram analógicos como idas à Previdência Social, abertura de contas bancárias e em transações financeiras de alto risco, alugar um carro, contratar um seguro ou solicitar uma linha móvel. No entanto, ainda existem muitas dúvidas sobre seu funcionamento e mitos em torno dessa ferramenta. Para ajudar a esclarecer algumas dessas questões, Guilherme Bacellar, pesquisador de cibersegurança e fraudes da Unico – empresa brasileira de identidade digital – trouxe algumas respostas:Tecnologia de liveness e prova de vida são a mesma coisa.Verdade. Liveness é a palavra em inglês para o termo “prova de vida” e a tecnologia é a mesma. Ela foi desenvolvida para dizer se a pessoa é real, se está em frente à câmera ao vivo no momento da captura. Essa tecnologia reconhece imagens e vídeos que foram manipulados para serem usados em fraudes, principalmente financeiras, ou ataques de apresentação, como máscaras. Prova de vida e autenticação de identidade são a mesma coisa.Mito. A autenticação, por meio da biometria facial, vai garantir que aquele indivíduo em frente à câmera é o titular do CPF em questão. Já a prova de vida tem como objetivo identificar se a pessoa está ao vivo no momento da captura e assegurar que aquela não seja uma imagem manipulada. Essas tecnologias são utilizadas ao mesmo tempo, em camadas diferentes, para garantir uma autenticação segura.A inteligência artificial transformou as competências da prova de vida.Verdade. Em sistemas de segurança para biometria facial e prova de vida, a IA possibilita a análise e correlação de inúmeros dados e informações em imagens, vídeos e no próprio momento da captura, características que passam despercebidas pelos olhos humanos. “Quando a IA analisa uma imagem, ela a vê de um jeito totalmente diferente dos humanos. Ela enxerga tudo em números e consegue identificar e entender padrões, pontos e informações que nossas próprias limitações humanas nos impedem”, conta o executivo.Provas de vida digitais não são eficientes.Mito. Segundo Bacellar, “a tecnologia melhorou muito nos últimos anos e estamos dez vezes melhores. Sem contar com as políticas de uso correto e ético tanto da IA quanto dos dados pessoais”. O uso concomitante da biometria facial com a prova de vida é hoje a melhor opção em segurança e assertividade para qualquer ramo do mercado, desde o varejo até instituições bancárias, incluindo logins, pagamentos, trocas de senhas, empréstimos consignados, entre outros. O executivo também reforça seu excelente custo-benefício: “atualmente, a biometria facial com a prova de vida é a única tecnologia disponível que é segura para todos, além de funcionar nos celulares e computadores mais baratinhos aos mais avançados”.Provas de vida digitais causam fricção para o usuário final.Mito. Segundo a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre o uso de senhas e biometria, em 2023, a biometria facial ultrapassou a leitura digital em termos de preferência e percepção de segurança entre os brasileiros usuários de smartphone. A verdade é que as pessoas usam a prova de vida em suas rotinas e nem percebem. Na maioria das vezes que os sistemas de autenticação capturam a imagem de um usuário com biometria facial, eles também utilizam a prova de vida para garantir uma segurança mais assertiva. Bacellar brinca que “a biometria facial sem a prova de vida é tão inútil quanto uma caneta sem tinta!” Prova de Vida digital identifica ataques sofisticados de IA, deepfake e injection.Verdade. A tecnologia consegue compreender todos os detalhes no momento da captura da imagem. “Em termos simples, conseguimos verificar se aquele é um dispositivo real e se é uma câmera de verdade com uma pessoa ao vivo em sua frente”, conta. Segundo o executivo, o time de segurança da Unico está constantemente validando as proteções e desenvolvendo novos ataques para tentar burlar seu próprio sistema, aplicando as correções necessárias a todo momento. “Fora isso, estamos sempre atentos aos movimentos do cenário de fraude no Brasil, América Latina, Europa, Estados Unidos e Leste Europeu para entender o que está sendo utilizado para burlar o liveness e a biometria de outros locais. Dessa forma, trazemos essas técnicas para a Unico e atualizamos constantemente a nossa tecnologia para ficar à frente dos fraudadores”, diz.
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