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Fraudes no varejo: como se proteger na Black Friday?

  • calendário 26/10/2022
  • relógio 10 min de leitura
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No calendário comercial, a Black Friday é uma data significativa para o varejo. E, neste ano, um dos principais eventos esportivos, a Copa do Mundo, agendada para o mês de novembro, deverá estimular o ânimo dos consumidores. 

As projeções de vendas no varejo em geral são positivas. De acordo com estimativa da Associação Brasileira do Varejo, o volume de vendas deve crescer 12% (considerando o resultado global, no período de agosto a dezembro deste ano), injetando cerca de R$ 20 bilhões na economia. Já a Black Friday 2022 deve movimentar cerca de R$6,5 bilhões no e-commerce, sendo que o número de pedidos pode chegar a 8,3 milhões, conforme estimativas da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). 

Por isso, é importante aumentar o nível de segurança em alguns processos para evitar que as fraudes no varejo prejudiquem o faturamento da empresa, além de enfraquecer a credibilidade da marca. 

Um dos principais tipos de fraudes no varejo durante essa época é a fraude de identidade

Em 2021, as tentativas de fraudes no comércio e outros segmentos bateram recorde, com uma ação fraudulenta ocorrendo a cada 8 segundos.

Somente no primeiro semestre de 2022, segundo levantamento feito pela Unico, empresa líder em identidade digital, ocorrem mais de 5 mil tentativas de fraudes de identidade por hora, contra empresas que já aplicam a biometria facial na validação e autenticação de usuários. Felizmente, como estas empresas possuem plataforma antifraude integrada a seus sistemas, foi possível evitar um prejuízo global de R$ 59 bilhões. 

A expectativa, portanto, é de que as fraudes de identidade durante a Black Friday continuem crescendo ano após ano e trazendo cada vez mais riscos para as empresas, tornando crescentemente necessário buscar medidas de segurança para proteger tanto as lojas do varejo físico e online como os seus clientes.

Neste texto, vamos explicar quais são os principais tipos de fraudes no varejo, e descobrir o que você pode fazer para proteger sua empresa e seus clientes contra as fraudes de identidade na Black Friday. Confira!

Vendas online na Black Friday: avanços e desafios

A transformação digital trouxe inúmeros benefícios para as empresas e seus consumidores. Com a pandemia isso ficou ainda mais evidente, visto que o e-commerce se tornou um porto seguro para realizar as compras durante o isolamento social, levando muitos consumidores a experimentarem o varejo online pela primeira vez.

  • Pesquisa da Neotrust mostra que, no e-commerce, a quantidade de pedidos cresceu 4,3%, no período de janeiro a março deste ano, quando comparado ao primeiro trimestre de 2021. 
  • Nos cinco primeiros meses de 2022, o faturamento do e-commerce aumentou 785%, em comparação a igual período, antes da pandemia.  
  • O faturamento, no primeiro semestre de 2022, chegou a 118, 6 bilhões, o que representa aumento de 6% nas vendas em relação a 2021. 
  • O volume de vendas pela internet cresceu 27%, segundo pesquisa da Neotrust. 
  • De acordo com a pesquisa realizada pela NielsenIQ, o e-commerce vendeu R$4,2 bilhões na Black Friday 2021, relativo a 5,6 milhões de compras no varejo online. Em comparação ao resultado do ano anterior, o crescimento nominal foi de 5%. O ticket médio aumentou 16%, totalizando R$753. 
  • Segundo análise da NuvemShop, plataforma de e-commerce, nas primeiras 12 horas da Black Friday 2021, pequenas e médias empresas venderam R$10,8 milhões, valor 13% superior ao obtido no mesmo período de 2020. Cerca de 9% das vendas foram pagas através do sistema de pagamento instantâneo, o PIX. 
  • Outro dado interessante, apontado pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), foi o aumento de 139% na quantidade de pedidos comprados online, mas retirados na loja física (modalidade “Clique e Retire”), na Black Friday 2021.  

Contudo, se por um lado isso traz diversas facilidades, como poder fazer compras sem ter que sair do conforto da sua casa e comparar preços em diferentes lojas com facilidade, por outro traz diversos riscos relacionados à cibersegurança.

No Brasil, segundo dados da Unico, as fraudes no varejo cresceram de forma expressiva em 2021 em relação ao ano de 2020. Os dados na tabela abaixo são referentes ao mês de novembro de cada ano. Vale ressaltar que novembro é um mês fundamental para o varejo, considerando que engloba o período da Black Friday, uma das principais datas no calendário anual do setor. 

Quais são os principais tipos de fraudes no varejo durante a Black Friday?

No Brasil, a Black Friday entrou para o calendário comercial, em 2010. Naquele ano, 50 marcas do varejo nacional faturaram cerca de R$3 milhões. Ao longo do tempo, inúmeras empresas incluíram a data no plano de marketing. De acordo com pesquisa do Instituto Reclame Aqui, no início de outubro deste ano, 46,4% já estavam preparadas para a Black Friday de 2022.

O e-commerce, por exemplo, espera faturar mais de R$6 bilhões, conforme estimativa da ABComm. Levantamento realizado pela Meliuz, aponta que o varejo online tem a preferência de 90,4% dos consumidores e 69,1% planejam adquirir produtos exclusivamente em lojas virtuais. 

Ao mesmo tempo em que as empresas criam estratégias para faturar mais com as vendas online, a frequência crescente de consumidores no comércio eletrônico também é atrativa para os fraudadores. Podem ocorrer, por exemplo, as seguintes fraudes no varejo:

  • Fraude no cadastro;
  • Fraude no pagamento;
  • Fraude na retirada de mercadoria. 

Utilizando dados de terceiros, fraudadores podem gerar inúmeros prejuízos financeiros às empresas, a partir de fraudes como: 

1. Fraudes com cartão de crédito

As fraudes com cartões de crédito são um dos tipos mais comuns de fraude na Black Friday e demais períodos do ano. Ocorre da seguinte maneira: o fraudador consegue acesso para os dados de cartão de outros indivíduos, seja através de fornecedores na deep web ou roubando diretamente das vítimas, com esquemas de phishing, por exemplo.

Contudo, geralmente o criminoso ainda não sabe, à princípio, se o cartão de crédito realmente funciona e qual o limite associado a ele. Para resolver esse problema, é comum testá-lo fazendo pequenas compras em sites do varejo, muitas vezes com o uso de bots e scripts para testar diversos cartões rapidamente.

As compras em valor mínimo são feitas porque costumam passar despercebidas nos extratos do indivíduo cujos dados de cartão de crédito foram roubados. Ao ser bem-sucedido nessa compra, o fraudador descobre quais os cartões legítimos, e passa então a utilizar o cartão para fazer compras muito maiores.

Para o varejista, o prejuízo ocorre quando o dono do cartão percebe que foi roubado e solicita um cancelamento de todas as transações feitas pelo fraudador. Nesse caso, se a loja do varejo já tiver feito o envio do produto, perderá o item e não receberá o valor da transação, arcando com o prejuízo da compra.

2. Chargeback

Também conhecido como fraude de estorno, ou fraude amigável, o chargeback ocorre quando um cliente do varejo realiza uma compra e logo em seguida solicita, de forma mal intencionada, um reembolso da empresa de cartão de crédito ou da responsável pelo processamento dos pagamentos, alegando que a transação é inválida. 

Com isso, a empresa de cartão de crédito faz um estorno no valor da transação para o fraudador, mas esse valor ainda precisa ser pago pelo varejista. Dessa forma, a fraude chargeback envolve receber produtos “de graça”, às custas, claro, do varejo que vendeu o item.

O motivo que o chargeback também é chamado de “fraude amigável” é que, em alguns casos, o cliente realmente solicita o estorno de maneira legítima, seja porque se arrependeu da compra, seja porque o item foi enviado, mas não chegou no prazo estimado. O difícil, então, é descobrir em quais casos a solicitação de reembolso é legítima, e em quais casos se trata de uma fraude.

3. Roubo de identidade

O roubo de conta, ou roubo de identidade, é um dos tipos de fraudes no varejo em que o criminoso ganha acesso aos dados da conta de um dos usuários da loja. Isso pode ser adquirido por diversos métodos, como comprando listas de senhas roubadas e dados de informações pessoais na dark web, ou até mesmo implementando um esquema de phishing para roubar os dados de um cliente específico do varejo.

Após conseguirem o acesso às contas dos clientes, os fraudadores podem optar por fazer compras no site do varejista, alterar as informações do usuário para assumir aquela conta para si, ou até mesmo utilizar os dados da conta do cliente para ganhar acesso a outras contas que ele possui. Além disso, com dados de terceiros, os fraudadores podem criar cadastros em plataformas de vendas online que disponibilizam a modalidade “clique e retire”. Como a mercadoria, comprada na loja virtual, será retirada pessoalmente, a empresa só tomará conhecimento da fraude quando o titular do meio de pagamento contestar a transação.  

Nesse sentido, o roubo de conta pode causar sérios prejuízos para os clientes do varejo e, consequentemente, para a reputação do próprio varejista. Se os consumidores sentem que seus dados não estão seguros nas mãos do e-commerce, certamente evitarão fazer compras no seu site e buscarão concorrentes que ofereçam medidas de segurança mais robustas.

4. Fraude de triangulação

A fraude de triangulação leva esse nome porque ocorre a partir de três pontos. No primeiro, o fraudador cria uma loja falsa, oferecendo produtos muito desejados por preços extremamente baixos. 

Em alguns casos, o fraudador coloca ainda uma “isca adicional”, como afirmar que só aceita cartão de crédito como método de pagamento. Após atrair consumidores, o varejo falso coleta dados de cartão de crédito, endereço, CPF, nome completo e demais informações do cliente. 

O segundo ponto da triangulação envolve utilizar informações roubadas de outros clientes para encomendar produtos em lojas autênticas e enviá-los ao consumidor original. Ou seja, para maquiar o fato de que o produto comprado na loja autêntica é muito mais caro do que o preço divulgado no e-commerce falso, o fraudador utiliza o cartão de crédito de outros clientes para realizar a compra do produto solicitado.

Por fim, o terceiro ponto da fraude de triangulação ocorre quando o fraudador utiliza os dados de cartão de crédito roubados para fazer compras adicionais, causando grandes prejuízos para os donos dos cartões fraudados.

Como se prevenir das fraudes de identidade na Black Friday em 2022?

Para se precaver das fraudes no varejo durante a Black Friday de 2022 e evitar os prejuízos financeiros e reputacionais, é fundamental investir em ferramentas antifraude robustas. Entre as tecnologias disponíveis no mercado, o uso da biometria facial tem se destacado como uma solução de alta precisão e que oferece uma excelente experiência para o usuário.

Soluções antifraude baseadas em tecnologias de reconhecimento facial, como o Unico Check, utilizam algoritmos de inteligência artificial para analisar as características individuais nos rostos das pessoas e autenticar sua identidade, garantindo que ela é realmente quem diz ser. 

Assim, se houver qualquer tipo de tentativa de fraude de identidade ou outros tipos de fraudes no varejo durante essa época mais conturbada, a ferramenta é capaz de detectar com agilidade, uma vez que somente o usuário cadastrado é autorizado a prosseguir com a compra.

Existem diversos benefícios que uma plataforma antifraude baseada em tecnologia de reconhecimento artificial pode trazer para a segurança em um varejo. Listamos abaixo algumas dessas principais vantagens.

Benefícios da biometria facial para o Varejo durante a Black Friday

1. Segurança

A alta assertividade da biometria facial evita riscos relacionados a falsos positivos, que oferecem brechas para as tentativas de fraude e podem causar sérios prejuízos para os varejistas, bem como a falsos negativos, que prejudicam a experiência de clientes autênticos. Com um processo de validação e autenticação da identidade do usuário, baseado em biometria facial, a empresa realiza cadastros com dados legítimos e completos e pode aplicar o reconhecimento facial em todas as transações. Este procedimento previne e combate tentativas de fraudes de identidade, tanto no cadastro quanto nas transações. 

O maior nível de segurança traz também mais tranquilidade e produtividade para o time do varejo, evitando desperdiçar tempo valioso dos seus colaboradores com o combate à fraude e permitindo que se concentrem mais na geração de valor para os seus consumidores.

2. Redução de prejuízos

Além de aumentar a segurança do seu varejo, a tecnologia de reconhecimento facial garante um expressivo retorno sobre investimento (ROI), uma vez que ajuda a evitar quaisquer perdas financeiras relacionadas a tentativas de fraude. Sem uma plataforma antifraude, a empresa corre o risco de fazer negócios com fraudadores de identidade e, posteriormente, arcar com as perdas financeiras geradas pelo chargeback, além de não conseguir recuperar as mercadorias. 

Fora isso, ainda há os custos referentes a processos judiciais, movidos pelas vítimas (consumidores). Em algumas circunstâncias, esses processos podem atingir valores bastante expressivos, em especial considerando a morosidade com que se desenrolam na justiça brasileira. 

Por fim, um sistema antifraude assertivo é capaz de aumentar a sua conversão de vendas, evitando falsos negativos, por exemplo, que podem fazer um cliente autêntico desistir de uma compra.

3. Melhora da experiência do usuário

O cadastro do usuário, com biometria facial, é um procedimento simples. Basta fazer a selfie e inserir a imagem do CPF para que o software realize a biometria facial do usuário e verifique a legitimidade dos dados cadastrais. Nesta etapa, a ferramenta gera a pontuação para validar ou não a identidade. Cerca de 79% das identidades são validadas na primeira tentativa, o que proporciona fluidez ao fluxo de atendimento digital. Após o cadastro da biometria facial, o usuário poderá autenticar a identidade em processos transacionais através do reconhecimento da face. Nestas situações, a ferramenta compara a selfie do usuário à biometria do usuário, previamente cadastrada, para autenticar a identidade em todas as operações, como compras online, pagamentos digitais, movimentações financeiras, entre outras. O processo de checagem é simples, rápido e sem fricções, proporcionando uma experiência positiva e sem burocracia para o cliente. 

A tecnologia de reconhecimento facial também é compatível tanto em desktops e notebooks como em celulares e tablet. Você também não precisa ter um aparelho de última geração — basta que tenha uma câmera e acesso à internet. Assim, o cliente pode realizar todo o processo de autenticação de identidade de forma segura e conveniente.

Após a validação da identidade do cliente através da biometria facial, as transações futuras podem ficar atreladas à autenticação biométrica:

  • Compras online;
  • Pagamentos digitais;
  • Clique e retire a mercadoria;
  • Troca e/ou devolução de produtos;
  • Pedido de estorno;
  • Confirmação de recebimento em domicílio; 
  • Entre outras.

Como o Unico Check pode apoiar seu negócio durante a Black Friday?

O Unico Check é a solução mais completa para validação e autenticação de identidade via biometria facial para apoiar varejos físicos e online durante a Black Friday. Entenda: 

  • Melhore sua conversão em vendas sem aumentar sua exposição ao risco usando a biometria facial do Unico Check em fluxos de transações suspeitas e pedidos de risco no seu e-commerce;
  • Se sua empresa trabalha com o sistema de “Clique e Retire”, utilize biometria facial para garantir a titularidade da compra e simplificar a jornada do seu cliente no momento da retirada da mercadoria;
  • O processo de troca de senha é muito utilizado durante este período, pois nem todos seus clientes lembrarão a senha que utilizaram em seu cadastro. Esse fluxo normalmente gera muita fricção (e-mail,  código no sms ou mesmo central de atendimento) e a biometria facial pode ser uma alternativa mais simples e eficaz para que o usuário não desista da compra;
  • Além de se prevenir contra as fraudes de identidade nas vendas online, tenha atenção nos seguintes fluxos – que costumam ter um aumento expressivo nessa época: 
    • emissão de cartão de crédito
    • empréstimos
    • solicitação de crédito 
    • troca de senha
    • Entre outros

Como o Unico Check está se preparando para Black Friday 2022?

Sabemos que os preparativos para Black Friday começam cedo e na Unico os times de engenharia, suporte e operações já estão tomando todas as medidas necessárias para que nosso sistema suporte esse aumento da demanda. 

Recentemente, realizamos o Stress Test em ambiente de produção com um volume de chamadas 50% maior do que A Black Friday de 2021 . A boa notícia é que mantivemos o mesmo nível de desempenho da ferramenta, com média de 6s de tempo de resposta para os principais métodos do Unico Check. 

Reforçamos também que nos últimos 7 meses nossa base de faces cresceu consideravelmente e passamos por melhorias importantes na nossa capacidade de operação, o que trouxe ainda mais estabilidade. 

Adiantamos que, durante a Black Friday 2022, faremos um plantão ativo de monitoramento do nosso sistema e já estamos prevendo uma ampliação da capacidade de operação em um nível muito acima do normal. Para saber mais como o Unico Check pode apoiar os desafios do Varejo e E-commerce, basta acessar nosso site!

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