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5G, cashless, LGPD e pagamento por biometria foram destaques do 2º dia de Futurecom

  • calendário 19/10/2022
  • relógio 14 min de leitura
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No segundo dia de Futurecom 2022, que aconteceu no 19 de outubro no São Paulo Expo, foram apresentadas diversas palestras e painéis com destaque para temas como 5G e cashless. Também tivemos a participação especial da Unico nos painéis sobre LGPD e cibersegurança e outro sobre pagamentos por biometria. Confira abaixo os highlights!

O impacto do 5G nos meios eletrônicos de pagamento

Pagar uma conta ou contratar um serviço de qualquer lugar são ações que já fazem parte da vida dos brasileiros. Mas, com a chegada do 5G ao país, é esperado que o consumidor coloque cada vez menos a mão no bolso para pagar por compras e serviços.

No painel, que contou com a participação de Marcelo Haddad (Head de Produtos do Banco Neon), Antonio João Filho (Diretor Geral da Claro), Claíse Muller Raúber (Diretora de Produtos, Segmentos e Canais Digitais do Banrisul), Augusto Nellessen (Superintendência de Soluções de Redes e Data Center do Itaú) e Fábio Levi (Diretor Sr de Produtos do Mercado Pago) para discutir sobre o impacto do 5G nos meios eletrônicos de pagamento e os novos modelos de serviços e negócios que estarão disponíveis nas mãos de qualquer consumidor.

A tecnologia vai permitir que todos os dispositivos conectados façam transações financeiras, muitas vezes automatizadas, levando o sistema financeiro e o comércio eletrônico a ganhar eficiência e a oferecer produtos mais personalizados. 

A tendência é que novos serviços e produtos financeiros apareçam nos aplicativos, como já acontece nos super apps, com o uso de mídias, inteligência artificial e realidade virtual e aumentada, em experiências de consumo on-line ou presenciais. 

Qual a diferença entre o leilão do 5G para os anteriores?

Diferente dos leilões anteriores de espectro de frequência, o processo licitatório da Anatel do 5G não foca na arrecadação e sim no aprofundamento do atendimento até as localidades mais remotas. Objetivos principais:

  • Até 2029 atender com 5G todas as sedes dos 5.770 municípios, independente do tamanho;
  • Atender com 5g os 1.700 não-sede de municípios até 2030;
  • Atender com 4G ou superior os 7.400 não sede de municípios até 2025;
  • Atender 2.349 trechos de rodovias federais com 4G, totalizando 35.784 km até 2029;
  • Implantar backhaul de fibra óptica em 530 sedes municipais até 2029.

Mercados beneficiados e viabilizadores

As tecnologias 2G, 3G e 4G atendiam basicamente pessoas físicas. Na implantação do 5g o atendimento de mercado de pessoa física é um dos segmentos que essa infraestrutura vai atender, ela também vai poder ser segmentada por cada setor da sociedade (pessoa jurídica).

“O 5G é a porta de entrada para um mundo inteiramente novo para empresas, mas precisa de várias tecnologias unindo-se para alcançar seu verdadeiro potencial” – Jason Leigh – Analista Sênior do IDC.

As promessas do 5G estão na combinação de novas tecnologias que já impulsionam a transformação digital.

Impactos do 5G na atividade financeira:

  • Aceleração da “cloudificação” (mainframe para nuvem);
  • Processos mais complexos e mais rápidos;
  • Maior engajamento nas interações com clientes
  • Prevenção e detecção de fraudes em tempo real: quantidade maior de dados que serão tratados para que as empresas possam oferecer produtos customizados para clientes (hipersonalização);
  • Concessão mais rápida de seguros e crédito;
  • Diversificação e e-payment.

Nova realidade: operadoras x clientes corporativos

O papel da operadora é de habilitador de tecnologia. A virtualização da infraestrutura (transformação de rede em software) possibilita flexibilidade total, com menor time-to-market e custos inferiores, onde os investimentos serão cooperados. 

O verdadeiro motor do 5G será a combinação da participação efetiva dos clientes corporativos e das operadoras na criação de ecossistema que possibilitem os novos modelos de negócios sob medida.

A conectividade por trás do cashless

O que é preciso para popularizar a economia dos pagamentos invisíveis? Muito se fala do conceito de cashless, traduzido por termos e siglas que estão na moda, como NFC, carteiras digitais, cartões contactless, QR Code, tarjas RFID, etc. 

Mas, no fim das contas, qual a estrutura necessária para conectar toda a cadeia de meios de pagamento a todos os brasileiros? O pagamento invisível é um privilégio para poucos ou será um caminho viável para todos? Essas e outras perguntas foram respondidas durante este painel, que teve a participação de Leandro Mattos (Vice-presidente de Novas Plataformas de Pagamentos do Mastercard), Rafael Ando (Gerente de Produtos de Biometria  do Serpro), Carlos Gazaffi (Presidente de Operações B2C do Sem Parar), Pedro Anísio

(Diretor de Transformação Digital do Sem Parar), Carlos Santos (CTO da Raízen) e Gaspar Lins (CTO & COO da Digio).

Cashless já é uma realidade

Segundo dados do Banco Central (BC), Pix passou de R$ 1 trilhão movimentados e chega a quase 40% dos brasileiros em 2021. 

O número de desbancarizados no Brasil caiu. Em janeiro de 2020, o Instituto Locomotiva mostrou que o percentual de adultos sem conta em banco ou com uma conta pouco utilizada era de 29%. Segundo o mesmo estudo, em 2021, 16,3 milhões não possuem conta bancária – número que representa 10% da população adulta. A pandemia acelerou o processo,  potencializado pelas fintechs.

Há quanto tempo você não passa num caixa eletrônico? Sim: notas de papel já são o novo cheque. Cada vez menos gente usa. Já existe até um país que decidiu acabar com elas: a Suécia vai passar a não aceitar mais dinheiro físico a partir de março de 2023.

  • 2011 tinham 40% de uso de dinheiro circulando
  • 2012 – implementaram pagamento instantâneo (similar ao PIX)
  • 2021 – 6% de circulação de dinheiro e criaram moeda virtual

Uma pesquisa da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) indica que o uso de cartões fechou em 2021 responsável por 54% dos recursos movimentados pelas famílias brasileiras.

Casos de uso x dores do consumidor

O consumidor no final do dia vai escolher o método de pagamento de acordo com a necessidade dele (a melhor alternativa para o pagamento cashless).

O papel da tecnologia na jornada do cliente, com certeza, é habilitar novos casos de uso, ao mesmo tempo, os líderes de tecnologia e produto tem que olhar a gama de soluções e tecnologias atuais para fazer a melhor combinação e entregar a experiência que o usuário espera.

A melhora da experiência do usuário é que fará o uso das transações cashless aumentarem, como por exemplo o case da empresa o caso de uso da empresa Sem Parar, que usa o carro como meio de pagamento – mais de 40% dos entrevistados tem intenção em colocar um meio de pagamento no seu carro.

Dores mais comuns dos consumidores:

  • usabilidade
  • segurança
  • conversão 
  • aumento de alcance

Desafios e o que fazer para tornar o cashless popular

Experiência do cliente

Qual a cadeia de valor do consumidor? A pessoa não faz de casa querendo fazer um pagamento e sim uma compra. Como a gente torna isso um “desejo“ de forma transparente? É preciso focar na necessidade e não no meio.

Viemos de uma trajetória de digitalização que pensa primeiro na solução e depois tenta vender para as pessoas. Porém, o consumidor nunca teve uma voz tão ativa quanto hoje. Por isso, é necessário começar a partir da dor do cliente para endereçar a solução que gere valor e empacotar os serviços e produtos (biometrias, tokenização, etc).

Segundo uma pesquisa realizada pela Stripe, 33% dos consumidores disseram que não comprariam novamente em uma empresa após um pagamento recusado sem razão.

Uma pesquisa da Mastercard em parceria com o Instituto Kantar revelou que 55% da população brasileira espera que os pagamentos aconteçam em tempo real nos próximos 10 anos.

Segurança

Com o avanço dos novos meios de pagamento digitais cresceu o receio de fornecer dados em aplicativos e sites da internet. Por isso é necessário que sua empresa garanta a segurança desses dados para não perder clientes e ainda pode sujar a reputação da marca trazendo a público o problema.

Com clientes cada vez mais conscientes em relação a sua privacidade e segurança no contexto de LGPD, é preciso criar uma experiência compatível e fluida sem gerar fricção em excesso para o cliente.

As empresas precisam encontrar meios para garantir que a pessoa é ela mesma e que ela está ao vivo no momento do reconhecimento de sua identidade.

Casos de uso

Para aumentar os casos de uso, é preciso criar um awareness, uma rede capilarizada para que aquele meio de pagamento seja relevante e incentive o cliente a usar.

A Sem Parar, por exemplo, percebeu que havia um nicho de cliente que não estava sendo atendido pelo meio de pagamento por tag que eles disponibilizavam: os motoqueiros. Por isso, passaram a ofertar a tecnologia bluetooth, com a qual o motoqueiro poderia passar pela cabine de cobrança automática sem ter que tirar o capacete, a carteira, etc. Atualmente, 85% de quem utiliza essa solução são os motoqueiros.

Hiper personalização

É fundamental personalizar a experiência de compra do cliente cada vez mais. Responder perguntas: “Como eu atinjo cada pessoa específica, com uma necessidade específica?” “Como eu faço conexão direta com aquele cliente e resolvo o problema específico dele?”.

Acessibilidade

As empresas precisam dar os mecanismos básicos para que as pessoas pelo menos possam acessar os novos meios de pagamento, ou seja, democratizar o acesso à tecnologia. Idosos, por exemplo, não nasceram na era digital e podem ter dificuldades em acessar sites e apps. 

A comunicação sobre essa tecnologia também precisa ser clara, é necessário “desbancarizar” a comunicação, ou seja, explicar para as pessoas qual produto ou serviço ela está adquirindo, qual a disponibilidade daquela tecnologia, se o app vai consumir a banda do usuário quando o app estiver em segundo plano, etc.

O ponto central de qualquer solução precisa ser a inclusão olhando para a forma do uso daquela tecnologia, que tem que ser pensada em todo momento, não só para o pagamento: A pessoa consegue utilizá-la independente da sua característica, deficiência, localização, renda ou idade?

A Mastercard, por exemplo, criou recortes no cartão para que o cliente com deficiência visual reconheça o tipo do cartão (crédito, débito ou pré-pago). 

Qual o futuro das transações cashless?

Segundo estudo da PWC o volume de transações cashless deve aumentar 82% até 2025. A pesquisa Future of Sales, realizada pelo Gartner, aponta que em 2025 80% das interações de vendas B2B serão feitas via canais digitais, impulsionadas, inclusive, pela mudança dos hábitos do consumidor que, ao assumir posições de tomada de decisão, vai priorizar a compra digital. 

O pagamento por reconhecimento facial já é uma realidade para uma parcela da população, pois foi impulsionado pela pandemia. Atualmente, um terço das transações de crédito são contactless. O futuro é aumentar a abrangência dessa utilização. 

Pensar nas necessidades das novas gerações, em como atender essas dores e colocar o cliente no centro da jornada.

O Open Finance está trazendo muitos benefícios para os meios de pagamento: a experiencia do pagamento “copia e cola” do PIX, por exemplo, vai ser melhorada com o avanço das etapas do Open Banking para eliminar essa fricção e poder ser realizada 100% dentro do app da instituição financeira.

Por último, eliminar a fricção também para transações internacionais. O Banco Central vem trabalhando para flexibilizar as regras de pagamentos internacionais, para torná-los mais fluidos, mais simples, mais rápidos (PIX internacional, etc).

A cada vez mais estreita relação entre a cibersegurança e a LGPD

Diante de um ecossistema de pagamentos cada vez mais digital, a pauta sobre segurança virtual torna-se ainda mais relevante a cada dia, exigindo das empresas novas estratégias, processos e tecnologias. Além disso, de quem é a responsabilidade sobre as novas fraudes no mundo dos apps, segundo a LGPD? Para discutir essa questão, este painel contou com a participação de André Gustavo Bastos Lima (Superintendente de Privacidade e Proteção de Dados do Serpro), Fabio Ferreira (Sócio Consultor da Lozinsky Consultoria) e Diana Troper (DPO da Unico)

A segurança da informação pode ser definida como o conjunto de ações que visam à preservação da confidencialidade, integridade e disponibilidade da informação. Esse conjunto de ações impacta todo ambiente institucional das empresas, com objetivo de prevenir, detectar e combater as ameaças digitais.

Fontes para adoção de cibersegurança para atender a LGPD

A implementação de uma estrutura de cibersegurança não é um processo simplório, tão pouco existe uma receita pronta para tal. Entretanto, existem algumas normas internacionais e afins que podem auxiliar nessa missão. Confira abaixo:

ABNT NBR ISO/IEC 27K – Segurança da informação, segurança cibernética e proteção à privacidade – sistemas de gestão da segurança da informação.

Auditorias para adequação:

  • ISO27K – baseada nos controles a serem adotados e perseguidos na construção de um SGSI.
  • SOC 2 – é um relatório com base no AICPA (Conselho de Normas de Auditoria do Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados), parte do TSC (Trust Services Criteria). O objetivo deste relatório é avaliar os sistemas de informações de uma organização relevantes para segurança, disponibilidade, integridade do processamento, confidencialidade e privacidade.

Segurança da informação – garantia de conformidade para a LGPD

Privacy by design

  • Minimização do uso, coleta e tratamento dos dados;
  • Controle de acesso dos dados pessoais;
  • Incorporar privacidade no desenvolvimento;
  • transparência para o titular dos dados;
  • proatividade em todas as ações relacionadas à privacidade.

Como a Unico está inserida nesse contexto de proteção de dados e cibersegurança?

Diana Troper, DPO da Unico explicou que o principal objetivo da Idtech é tornar as relações entre empresas e pessoas mais fáceis, seguras e simples, fazendo isso por meio da identidade digital através de um ecossistema com soluções que ajudam a:

“A grande preocupação da Unico é entender que somos uma empresa que trata dados pessoais e temos muita responsabilidade. Por isso, somos engajados na questão regulatória e temos investido fortemente nos times de privacidade e segurança para prover o serviço da melhor forma, mas sempre tratando os dados com responsabilidade e de acordo com LGPD”, afirmou a DPO.

Como a Unico protege os dados das pessoas?

Diana: Não existe uma única forma de proteger os dados. Não adianta ter todas as ferramentas internas se o fornecedor e o cliente não têm a mesma preocupação. A cadeia de proteção de dados tem que estar generalizada. A LGPD traz todo regime de responsabilidade entre controlador e operador dos dados. Um dos pilares da Unico é a segurança e temos uma grande preocupação com fornecedores, aplicando Due Dilligence, por exemplo.

Como está a maturidade dos titulares em relação à LGPD?

Diana: Já existiam outras leis de proteção de dados anteriormente e a LGPD veio para dar controle para o titular sobre os seus dados que estão circulando pela internet, é direito dele. Como as empresas estão sendo obrigadas a serem mais transparentes e se regularizarem, faz com que os titulares também comecem a ire atrás de entender os seus direitos. 

A Unico está tendo demanda relacionada à LGPD para o DPO?

Diana: A empresa está incentivando o tema nas mais diversas mídias, a privacidade é um dos nossos pilares. E isso tem gerado sim alguns acionamentos de dúvidas sobre o tema nas pessoas.

Biometria: pagamentos com o rosto e voz já são realidade

No último ano, diversas redes do varejo alimentar implementaram a opção de pagamento via reconhecimento facial como forma de oferecer uma nova experiência para seus clientes. Bons exemplos partem do St. Marche (SP), Muffato (PR), Angeloni (SC), Zona Sul (RJ) e D’Ville (MG). 

Já o pagamento por voz também começa a dar suas caras: o Carrefour, por exemplo, já tem uma parceria com o Google na França e, também, em alguns países da Europa – o ryd pay permite que os usuários façam o pagamento por voz em postos de combustíveis.

Para discutir esse tema tivemos a participação de Fernanda Beato (Diretora de Vendas e Clientes da Unico), Henrique Mattiello (Head de Negócios para o Mercado Privado do Serpro) e Silvia Paladino (Jornalista especializada em TI e co fundadora da Agência Essence).

Reconhecimento facial x biometria facial

A fraude de identidade é o tipo de fraude que mais acontece atualmente no Brasil. E a biometria vem com um propósito de reconhecer e autenticar a veracidade de uma pessoa. O que vemos muito hoje, é o reconhecimento facial, que faz a comparação da imagem que está sendo capturada no momento com uma previamente cadastrada, ou seja, é utilizado o processo de similaridade.

Já a biometria vai validar e/ou autenticar a identidade do indivíduo através de uma combinação de diversos motores biométricos e tecnologias. Por exemplo, com o dispositivo são feitas mais de 100 fotos para ser escolhido o melhor ângulo de cada ponto biométrico do rosto e fazer uma comparação com o CPF dessa pessoa. Esse “match” de informações certifica que aquela pessoa é ela mesma e combate às fraudes de identidade.

Quais as aplicações para a biometria facial?

Houve uma aceleração da digitalização em diversos setores da economia por causa da pandemia. Hoje, a Unico, por exemplo, valida mais de 25 mil transações por dia e, em 2021, prevenimos 70 bilhões relacionados à fraude de identidade. 

  • A biometria traz segurança e agilidade em diversos processos para variados setores: Assinatura eletrônica
  • Processos admissionais 
  • Abertura de conta em bancos digitais
  • Pagamento com face 
  • Retirada de mercadoria em lockers
  • Autenticação de colaboradores 
  • Troca de benefícios 
  • Atualização cadastral 
  • Login em apps
  • Entre outros

No mercado fomentado pelo poder público, existem alguns bons exemplos:

Na Junta Comercial do Rio de Janeiro você já consegue abrir uma empresa através da biometria facial, isso simplificou muito um processo que demorava dias e agora é feito em horas.

“Embarque mais seguro” – essa iniciativa surgiu de uma parceria entre o Ministério de Infraestrutura com a ANAC para entregar uma experiência melhor e mais segura para os passageiros que viajam de avião. Na ponte aérea rio-São Paulo, a partir do momento que você faz o check in você e tem sua biometria coletada, não é preciso mais ter interação com ninguém, seu rosto é o cartão de embarque e te dá acesso à aeronave. 

O gov.br está sendo outra iniciativa do Governo Federal para começarmos a ter uma identidade digital única, com um portal que, além de dar acesso aos serviços do governo, também permitirá ao cidadão ter seus dados num só lugar, tudo através da biometria facial.

Na China, algumas fábricas colocam câmeras e televisores para identificar as pessoas, é uma maneira de fazer o controle dos colaboradores de forma mais fluida através da biometria facial, diminuindo o tempo gasto em fila.

Deep fake: em que sentido as tecnologias biométricas precisam evoluir para combater essa fraude?

Os fraudadores estão sempre evoluindo suas técnicas e a Deep Fake é um dos tipos de fraude de identidade mais recentes que temos. É uma técnica de manipulação em que vídeos de pessoas públicas ou comuns viralizam nas redes sociais, em situações quase inacreditáveis, e que podem enganar até os mais atentos. 

Os vídeos podem ser de alta qualidade, geralmente para atingir celebridades e políticos, ou mais simples, criados a partir de aplicativos de troca ou animação de face. O perigo é que, para o cidadão comum, o deep fake pode ser um ponto de partida para uma fraude financeira, a compra de um veículo ou até de um imóvel.

A recomendação para pessoas físicas se protegerem é diminuir a exposição de fotos e vídeos pessoais na internet. E, para as empresas, a melhor forma de proteção é utilizar soluções eficazes para identificação desse tipo de fraude. Isso é possível porque a ferramenta pode “enxergar” mínimos movimentos do rosto e lábios, por exemplo.

Veja mais: Entenda o que é deep fake e saiba como se proteger

Biometria facial x LGPD

A preocupação com a LGPD é válida pois a biometria é um dado sensível e o papel dos fornecedores é ser transparente e mostrar para a população como tratamos esse assunto de privacidade de dados, tem que ser um pilar das empresas. A conscientização acontece quando levamos para o brasileiro a possibilidade dele escolher a informação que ele compartilha com essas empresas (com termos de consentimento onde você sabe que seu dado está sendo usado para aquela finalidade e se você quiser, pode retirar o consentimento).

Podemos considerar que a biometria é uma das camadas de segurança, ela não vai substituir tudo. Por isso, existem motivos para embasar seu uso, por exemplo, o objetivo é evitar que alguém se passe por outra pessoa. Estamos fazendo uma validação daquela foto e não disponibilizando os dados para alguém…

Como se prova o ROI da biometria facial?

Você sabia que o custo de uma transação é 4x maior quando há um processo de fraude? Se pequenos e médios negócios não investirem em recursos que tragam uma experiência mais fluida, ágil e segura vão ficar para trás – este é o custo de não tomada de decisão.

É importante olhar para dois aspectos quando falamos em ROI:

  1. O quanto você consegue reduzir de fraude com a solução; 
  2. Olhar a inadimplência, pois ela camufla a fraude.

Também há um último aspecto: a receita que você consegue trazer com a utilização da biometria facial na melhoria da experiência do cliente, pois ela reduz a fricção do processo, e aí você consegue aumentar a conversão de vendas, ou seja, entregar a experiência vira um diferencial de negócio.

O aumento no número de pessoas com identificação digital no Brasil poderia elevar em 3% o PIB brasileiro até 2030, segundo dados de um estudo da McKinsey Digital.

Como será o futuro para a biometria?

A evolução do uso da biometria precisará respeitar a privacidade de dados das pessoas, isso é uma forma de entregar mais facilidade para os usuários.

Um ponto importante a se considerar é que a tecnologia não pode estar à frente e sim ser um meio para chegar lá – seja para autenticar identidades ou melhorar experiências – as empresas precisam buscar prever qual serviço querem prover para as pessoas baseadas em suas necessidades.

E, por fim, num futuro não tão distante, todas as pessoas conseguirão usar a face para fazer tudo (“calça sem bolso”).

Fique de olho em nosso blog pois amanhã traremos a cobertura do 3º dia de Futurecom!

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